Automedicação pode causar sérios riscos à saúde

79% dos brasileiros buscam na internet informações sobre sintomas antes de se consultar com um médico

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A maioria da população brasileira utiliza medicamentos sem prescrição médica e, geralmente, após ter pesquisado os sintomas na internet. Essa foi a conclusão da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, depois de uma pesquisa feita com 1.348 homens e mulheres entre 18 e 74 anos de diferentes regiões do País e níveis de instrução.

O estudo revelou que 79% dos entrevistados buscam informações on-line sobre algum sintoma antes de se consultar com um médico. De todos os que tomam remédio por conta própria, 68% usam a internet como principal fonte de diagnóstico.

Os pesquisadores também concluíram que 91% dos entrevistados ingerem pelo menos um medicamento sem receita médica e, entre eles, 86% não possuem doenças crônicas. As substâncias mais utilizadas nesses casos são os analgésicos e antitérmicos.

Só para se ter uma ideia do perigo, entre os que já tomaram antibióticos sem instrução médica, 49% argumentaram que foi para tratar sintomas de gripe; 7%, para cistite ou infecção urinária; e 7%, para dor de dente.
Outro dado preocupante é que 41% das pessoas não leem as informações contidas na bula antes de consumir os remédios.

Complicações
A facilidade de acesso às informações pela internet possibilita a prática de hábitos saudáveis e cuidados preventivos. Contudo os sites de busca não são o lugar adequado para se fazer um diagnóstico preciso de qualquer doença. Na web, muitas informações são alteradas e notícias falsas (fake news) são facilmente espalhadas, sobretudo nas redes sociais.

A automedicação indiscriminada não é uma prática segura e pode trazer sérios riscos à saúde, como reações adversas, dosagem incorreta, dependência das substâncias, intoxicação e até morte.

Medicamentos com princípios ativos anticoagulantes, como o ácido acetilsalicílico, por exemplo, aumentam as chances de hemorragias em casos de dengue, zika vírus e chikungunya. Vários antigripais contêm essa substância na formulação – por isso, é importante sempre ler a bula dos remédios.

Em razão disso, a avaliação de um médico é a forma mais eficaz para identificar o problema e, assim, obter o tratamento adequado.

Cuidados
É preciso entender que a saúde é um bem muito precioso. Por isso, deve ser cuidada com responsabilidade. Diante de alguns sintomas, não se baseie nas informações da internet para se medicar. Mesmo com a correria do dia a dia, prefira sempre ir ao médico.

Após o diagnóstico correto, siga o tratamento prescrito aliado à manifestação da fé em Deus. Ela é uma importante ferramenta para auxiliar no tratamento de qualquer doença – desde uma simples dor até um problema considerado grave pela medicina.

Além disso, antes de consumir algum remédio que tem em casa para aliviar algum sintoma, fale com Deus, pedindo-Lhe pela cura. Uma dor de cabeça, por exemplo, pode ser apenas um mal-estar passageiro. Contudo fique sempre atento: se o sintoma persistir ou surgirem outros, não descarte, de forma alguma, a avaliação médica.

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Colaborador

Janaina Medeiros / Foto: Fotolia