Você quer ter o controle de tudo?

Nem sempre as coisas saem como gostaríamos e existe uma razão

Imagem de capa - Você quer ter o controle de tudo?

Quando éramos adolescentes, muitas de nós imaginávamos uma carreira brilhante, quando compraríamos o primeiro carro e com quantos anos caminharíamos para o altar para dizer “sim”. Já na fase adulta, outros desejos se somaram à lista: família estruturada, filhos realizados, boletos pagos em dia e uma casa decorada como nas fotos que vemos nas redes sociais. Mas situações adversas acontecem, problemas surgem e pode ser que ao olhar para o relógio muitas mulheres tenham a impressão que o ponteiro não saiu do lugar.

Pode ser que aos 30 anos algumas ainda não tenham usado o véu e a grinalda ou que, já casadas, independentemente da idade, não tenham visto marido ou filhos rendidos à presença de Deus e isso as frustre de alguma maneira.

Panorama
Toda e qualquer situação quando foge do controle tende a provocar reflexos no universo feminino. A apresentadora e palestrante Cristiane Cardoso introduziu o assunto de forma bastante compreensível no encontro do Godllywood Autoajuda do ano, realizado no Templo de Salomão no dia 26 de janeiro.

Logo no início, ela apontou exatamente a falta de comando como um dos fatores desencadeadores da ansiedade. “Principalmente a mulher tem a sensação de que tem o controle, mas não tem. Você quer as coisas de um jeito, visualiza aquilo e tudo tem que ficar perfeito, mas isso acaba se tornando uma ansiedade porque as coisas não são como queremos”, disse.

Ela ainda enfatizou que o sentimento é inerente a todas e que deve ser tratado com a intensidade que merece. “A ansiedade nos incita a não confiar. É um medo, um receio de perder ou não conseguir alguma coisa”, explicou.

O exemplo de Ana
A Bíblia conta a história de Ana, uma mulher que precisou lidar com seus problemas e conflitos internos como nós precisamos. A situação em que estava a encurralava ainda mais dentro de seus sentimentos. Ela chorava e se entregava às lamentações e, dessa forma, promovia sua ansiedade a um nível ainda maior.

Ana era estéril e, na época, se a mulher não pudesse ter filhos, não era valorizada pela sociedade. Todos a olhavam com pena. Para completar o cenário, Penina, a segunda esposa de Elcana, seu marido, tinha filhos e fazia questão de lembrá-la o quanto ela era incapaz de fazer o mesmo.

Até que, um dia, Ana compreendeu que em Deus estava o controle de tudo. Foi então a Ele de forma diferente e fez um voto de que seu filho O serviria, apesar de ainda não tê-lo em seus braços. Ou seja, ela passou verdadeiramente a confiar e a crer. Assim, parou de se preocupar. “… Assim a mulher foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste… E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel.” (I Samuel 1.18-20).

Já parou para pensar o que suas orações revelam a seu respeito e quanto elas expõem a ansiedade e a inquietação que estão dentro de você? Confie em Deus, aja a fé e faça a parte que lhe cabe. Nem sempre as coisas saem do nosso jeito e ainda bem que é assim. São os problemas que nos ensinam, nos disciplinam e nos levam, com humildade, a nos mantermos firmes às promessas dEle.

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Colaborador

Flavia Francellino / Foto: Fotolia