Egoísmo: um veneno perigoso para os relacionamentos

Entenda como Tatiane Sanches deixou de ser possessiva

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Uma pergunta que os especialistas em psicologia se fazem constantemente é: por que os relacionamentos têm durado cada vez menos nos dias atuais? “A resposta que têm sido cada vez mais frequente entre os estudos e pesquisas é a de que as pessoas não querem sacrificar umas pelas outras, ou seja, não há entrega, nem resiliência”, observa a psicóloga Alessandra Amorim.

Para o apresentador e palestrante Renato Cardoso, as pessoas se apegam a conceitos “furados” para viver uma relação, como a de manter a privacidade num casamento e, sobretudo, querer que tudo seja do seu jeito. Por conta disso, não há como conquistar a felicidade amorosa.

“Se você permanece egoísta, seu relacionamento não vai funcionar nunca. A não ser que você se case com um escravo. Nenhum relacionamento sobrevive a um sentimento persistente de uma pessoa de que tudo tem que ser do jeito dela, na hora que ela quer. O egoísmo mata aos poucos uma relação; mata aos poucos a outra pessoa. Vamos ser honestos: ninguém aguenta”, observa.

A mudança vem de dentro
Tatiane de Andrade Schneider Sanches Bó, de 37 anos (foto a esq.), conta que sofreu muitas frustrações no amor por conta de atitudes egoístas. “Não dava certo em nenhum relacionamento. Era muito nervosa, ciumenta, possessiva e me achava dona da razão. Tudo tinha que ser exatamente do meu jeito, caso contrário a confusão já estava armada. Já houve situações em que eu quebrei móveis e objetos dentro de casa porque não ouvi a resposta que eu queria.”

 

Ela conta que, sem perceber, não se colocava no lugar do outro. Não conseguia olhar para dentro de si mesma e analisar seu comportamento. “Não entendia por que meus namoros nunca davam certo. Achava que meus namorados que estavam errados”, diz.

Ao vivenciar o término de mais uma relação, Tatiane entrou em depressão. “Cheguei a procurar psicólogos e psiquiatras. Até que ao mudar o canal na TV vi um programa da Universal. O tema ia ao encontro do que eu estava passando. Decidi conhecer a igreja. Em 2009, conheci o trabalho da Terapia do Amor e comecei a participar.”

Por meio das palestras, ela entendeu que precisava enfrentar seus próprios defeitos. “Aos poucos, aprendi como poderia ser uma pessoa melhor. Passei a ouvir e entender melhor meus familiares e amigos, respeitando seus limites e opiniões. Assim, passei a me preparar para um futuro relacionamento”, afirma.

Em 2014, ela conheceu, na igreja, o empresário Marcos Renato da Silva Sanches Bó, de 45 anos (foto acima). “Tinha perdido minha ex-esposa por conta de um câncer e estava cuidando de meu filho. Encontrei na Terapia do Amor a chance do recomeço. Nós já estávamos restaurados e, quando vimos que tínhamos objetivos em comum, decidimos namorar para nos conhecer mais”, relata o empresário.

Eles namoraram por oito meses. “Nos casamos em 13 de dezembro de 2014. Hoje sou uma pessoa compreensiva. Aquela Tatiane nervosa não existe mais. Hoje somos auxiliares da Terapia do Amor e ajudamos outras pessoas que passam pelos mesmos problemas que um dia passamos”, conclui.

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Colaborador

Ana Carolina Cury / Fotos: Fotolia e Arquivo Pessoal