Milhões de seguidores, mas sozinha

A influenciadora digital, Nina Dantas, afirmou que tem milhões de seguidores, mas poucos amigos verdadeiros

Imagem de capa - Milhões de seguidores, mas sozinha

No calendário tem dia para tudo, inclusive para o amigo do Facebook. Comemorado no dia 4 de fevereiro, desde 2016, a data foi idealizada para celebrar também a fundação da rede social. É verdade que essa tecnologia ajudou a unir as pessoas, mas algumas se enganam ao pensar que ter muitas amizades virtuais seja sinônimo de felicidade.

No caso de Nina Dantas (foto acima), uma brasileira que vive no México e é conhecida por fazer vídeos de comédia em espanhol, foi justamente o contrário. Ela tem quase 3 milhões de “amigos”, é parada nas ruas por fãs e uma das estrelas da rede social TikTok, aplicativo para criar e compartilhar vídeos curtos.

Ela tem a vida dos sonhos de muitos adolescentes, mas a cobrança constante para gerar conteúdo trouxe sérios problemas. “Estava me sentindo muito ansiosa. Não queria acordar, sair da cama, mas, ao mesmo tempo, sentia essa pressão, como se tivesse que fazer algo, mas não conseguia. Cheguei ao ponto de ‘não querer mais viver’”, desabafou em entrevista à BBC.

Apesar de estar rodeada de seguidores, a celebridade virtual reconhece que tem poucos amigos verdadeiros. “Meus seguidores são pessoas que me adicionam, mas são amigos diferentes, porque estão esperando por conteúdo. Não são pessoas que vão me ajudar ou me dar conselhos”, disse.

Mundo real X Mundo virtual

A história de Nina mostra que quantidade não é qualidade, pois mesmo com milhões de seguidores, ela ainda se sente sozinha. Da mesma forma, há os que aparentam ter muitos amigos, mas na verdade são só números.

A estudante Danielle Brosk (foto abaixo), de 30 anos, viveu algo parecido. Tanto no mundo real, como no virtual, não mostrava quem realmente era. “Estava casada, mas o relacionamento era cheio de brigas, ciúmes, agressões e traições. Eu também mentia muito, vestia uma máscara, aparentava ser feliz, mas dentro de mim estava sofrendo”, confessa.

Pelos problemas, o matrimônio acabou e Danielle, em vez de mudar, escolheu continuar no erro. “Entrava em sites de relacionamento, salas de bate papo e tive um relacionamento virtual. Nas redes sociais eu poderia ser quem eu quisesse, então fiz tudo isso para esconder meus problemas internos”, diz.

Se sentindo sozinha e sem ânimo para viver, chegou a tentar se matar. “Tomei todos os remédios que havia em casa, mas não deu certo. Depois disso me senti ainda pior, pois pensava que nem para morrer eu servia”, conta.

Mas foi também por meio das redes sociais que ela foi alcançada por Deus. “Tinha amigos da igreja que postavam versículos e uma amiga que sempre me mandava mensagens dizendo que Jesus ainda me queria. Tomei a atitude de ir à Universal e lá eu orei com sinceridade pela primeira vez. Tirei a máscara e, finalmente, Ele pôde ver quem eu realmente era. Voltei para casa em paz”, lembra.

Dali para frente sua mudança foi radical: Danielle saiu de todos os sites de relacionamento, batizou-se nas águas e entendeu a importância de ter o Espírito Santo. “Quando O recebi eu fui transformada em outra pessoa. Minha vida hoje não depende do que eu tenho por fora, do que acontece, de quem me aceita e quem me rejeita. Não dependo mais das redes sociais, quantidade de amigos, vícios para ser feliz”, afirma.

Verdadeiro Amigo

Participe da Escola da Fé que acontece todas as quartas-feiras, às 10h, 15h e 20h, no Templo de Salomão. Ele fica localizado na Avenida Celso Garcia, 605, no Brás, Zona Leste de são Paulo.

imagem do author
Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Reprodução