“Na UTI, eu tive uma experiência com a morte”

Após duas paradas cardiorrespiratórias, Alice Santos encontrou a verdadeira razão de viver

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A empresária gaúcha Alice Mara Santos, de 42 anos (foto acima), é um exemplo típico de que as consequências das escolhas que fazemos na adolescência podem ter impactos catastróficas na saúde. Ela até poderia ter morrido vítima das opções erradas que fez. Na juventude, ela namorou um rapaz que era criminoso e se envolveu com as práticas erradas. “Eu traficava e usava muita droga (maconha, cocaína e até crack) e ainda participava de orgias. Me envolvia com várias pessoas, mesmo tendo namorado. Mas viver dessa forma em um mundo de ilusão, como se não houvesse amanhã, me cobrou um preço caro mais tarde.”

Passados alguns anos, ela buscou ajuda na Universal para se livrar das drogas. “Me libertei do vício com a ajuda da Igreja, mas acredito que Deus queria a minha libertação total e pouco tempo depois tive de lidar com uma doença incurável para a medicina.”

Ela conta que havia conseguido emprego em um restaurante, mas que, de uma hora para outra, começou a ter sintomas estranhos. “Em abril de 2013, passei a ter um cansaço no corpo que não era meu. Eu sempre fui muito ativa e sentia muita preguiça. Comecei a ter febre e cheguei a me consultar em quase todos os hospitais de Porto Alegre, mas nada resolvia. Até que em um deles pediram exames que mostraram o que eu tinha.”

Alice já suspeitava o que poderia ser. “Quando conheci o pai da minha filha, depois de um tempo, uma ex-namorada dele estava com HIV. Eu soube que ela morreu disso e também foi a causa da morte dele. Eu já desconfiava que estava doente, mas não queria saber de verdade o que era”, analisa.

Em um curto espaço de tempo, ela emagreceu rapidamente. “Em um mês, cheguei a pesar 35 quilos e tive que ser hospitalizada. Fiquei tentando fazer o tratamento, mas meu corpo estava muito fraco e não aceitava os medicamentos. As veias entupiram. Colocaram um catéter para dar a medicação. Por causa disso, tive uma parada cardiorrespiratória. Depois, em outro dia em que eu estava bem, estourou algo no meu intestino”, lembra.

A empresária narra o que aconteceu no hospital quando a mãe dela tinha acabado de visitá-la. “Jorrava muito sangue do meu intestino e a médica disse que teria que me operar urgentemente. Ela me explicou que eu estava com um tipo de tuberculose que atacou o meu intestino. Ele é mais raro e silencioso. Começa com uma gastrite ou infecção intestinal e pode matar”, explica.

Alice lembra que os familiares dela foram chamados pela médica que lhes explicou a situação. “Todos assinaram um termo em que concordavam que eu passaria por uma cirurgia e que provavelmente não sobreviveria. Naquele momento, ela clamou: ‘o Senhor não me tirou do mundo em que eu vivia para Lhe servir para que eu morra aqui! Agora que eu Lhe sirvo, não aceito isso’”.

Durante a cirurgia para retirada de parte do intestino, ela teve outra parada cardiorrespiratória, mas a sua revolta de fé lhe trouxe o resultado. “Na UTI, eu tive uma experiência com a morte. Estava entubada e vi os anjos da morte prontos para levarem o meu corpo. Nessa hora, a única coisa que eu lembrava era do Senhor Jesus. Tenho certeza que Ele me salvou. Quando acordei, vi toda a equipe à minha volta. A médica falava que não sabia o que tinha acontecido e afirmou ‘tu estavas morta, eu não entendo’”, revela.

A empresária passou três meses no hospital até receber alta. Durante esse tempo, ela foi manifestando a sua fé em favor de sua saúde. “Fiz todos os procedimentos médicos e depois, quando saí, também tomei todos os remédios e o coquetel anti-aids. Sempre lembrava do Bispo Macedo nos orientando que fizéssemos tudo que era recomendado pelos médicos e para que não deixássemos o tratamento de lado, mesmo clamando pela cura”, conta.

O resultado da sua fé pôde ser visto nos últimos exames, que não detectaram carga viral da doença em seu corpo. Seu intestino também funciona normalmente hoje. “A última vez que fui à médica ela até perguntou se eu não tinha tido nenhum problema sério de saúde e eu disse que não. Mesmo acreditando que estou curada do HIV, algo que é impossível para a medicina, continuo fazendo os exames regularmente. Vou fazê-los em breve”, planeja.

 

 

 

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Colaborador

Eduardo Prestes / Fotos: Arquivo Pessoal