A pergunta que não te responderam: por que sua vida não muda?

Muitos acreditam que serão felizes se conquistarem isso ou aquilo. No entanto, a verdadeira felicidade não está em ter, mas em ser. Então, quem você tem sido para Deus?

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Qual é o problema que você precisa resolver com urgência? Se ele for solucionado agora, você acredita que passará a ser feliz? A resposta é não. Você poderá até se sentir aliviado por um instante, mas não viverá em plena felicidade.

Isso acontece porque muitas pessoas – talvez você esteja neste grupo – acreditam que se conquistarem isso ou aquilo a vida delas mudará completamente. Elas depositam suas emoções no que está no exterior e deixam de olhar para dentro de si mesmas. Afinal de contas, é muito mais fácil e cômodo lutar por algo que se quer ter do que sacrificar para mudar a si.

Por exemplo, dói ter que reconhecer que você é uma pessoa rancorosa, fofoqueira, infiel, falsa, mesmo que esteja dentro de uma igreja. Por isso, a psicóloga especialista em gestão de pessoas Alessandra Souza de Amorim revela que só é possível mudar de vida quando se muda a mente.

“Todo acontecimento externo acontece primeiramente dentro de cada um de nós. Ele acontece na mente. Decidimos e agimos. Pensamos e concretizamos. Somos resultado daquilo que acreditamos e colocamos nossas intenções nisso. Posso dizer que a mudança interior é uma mudança de mente, de padrões de pensamento e, consequentemente, de atitudes. Sem a transformação interior nada significativo acontece exteriormente”, diz.

A psicóloga Viviane Silva acrescenta que muitas pessoas se esquecem que para que sejam plenamente felizes precisam mudar o interior. “Pensando que, mundialmente, somos bilhões de pessoas, posso dizer que em torno de 90% buscam as conquistas externas sem se conquistarem internamente em primeiro lugar. Só que nada no externo será suficiente se eu não souber quem sou internamente, o que preciso e necessito para viver em plenitude”, analisa.

A felicidade não está no emprego
Alessandra Zanuto, química, de 40 anos (foto a dir.), achou que seria feliz quando tivesse muito sucesso profissional. Ela conta que esse desejo nasceu na infância, quando desenvolveu um complexo de inferioridade. “Eu ouvia constantemente de familiares e amigos que precisava engordar e aquilo me fazia muito mal. Com 18 anos, casei e foquei na faculdade de química porque, inconscientemente, queria provar que era boa em alguma coisa”, conta.

Depois de seis anos, a união chegou ao fim. “Naquele momento descobri que estava grávida de três meses e o ancião da igreja que a família do meu ex-marido frequentava me ‘expulsou’ do reino de Deus. Ele disse que eu não poderia mais fazer parte dele. Aquilo me deixou com muita raiva de Deus.” Os anos passaram e Alessandra diz que se tornou uma mulher soberba, cheia de si. “Era viciada em trabalho e só pensava em enriquecer. Meu mundo desabou quando, depois de uma discussão com um novo diretor, fui demitida”, lembra.

Um ano depois da demissão, em março de 2014, a ex- babá da filha de Alessandra, vendo que ela estava triste e desanimada, a aconselhou a procurar ajuda na Universal. “Eu só fui porque estava atrás de um novo emprego e não conseguia encontrar. Na minha cabeça, era só eu conseguir uma oportunidade que pararia de frequentar as palestras. Lá, já estava presenciando algumas transformações em minha vida, mas, em meu interior, continuava sendo prepotente”, revela.

A vida da química só mudou de fato quando ela desistiu de barganhar com Deus. “Meu problema não era o trabalho, porque, interiormente, eu era vazia e infeliz. Só percebi isso depois que o pastor propôs fazer o Jejum de Jesus. Lembro que disse a Deus, naquele momento, que não ia mais usar minha fé apenas para conquistas materiais, mas para conhecê-Lo verdadeiramente.”

Quando Alessandra mudou o foco, entendeu que a mudança deveria começar pelo seu interior. “Só que, para que essa transformação acontecesse, eu precisava ter o Espírito Santo. Pela primeira vez me humilhei para Deus e pedi para que Ele me mostrasse o que precisaria melhorar em mim. Doeu muito! Mas perdoei meu ex-diretor e deixei de culpar o Altíssimo pelos meus erros. Me recordo que esse Jejum aconteceu na época da Copa do Mundo – e eu amava futebol – e foi realmente um grande sacrifício para mim.”

Mas, por conta desse sacrifício e da obediência, Alessandra conseguiu conquistar muito mais do que imaginava. “Quando terminei o Jejum, recebi o Espírito Santo e entendi que não eram as bênçãos materiais que me fariam feliz, mas a minha conduta perante Ele.”

Ela conclui que o maior aprendizado que teve desde então foi quanto à importância de ter equilíbrio entre inteligência e fé. “Nós somos corpo, alma e espírito e devemos harmonizar os três. Hoje, coloco minha felicidade em Deus, porque o que Ele quer para mim eu também quero. Já entreguei minha vida no Altar e não a quero de volta.”

Não é tempo de igreja
Há muitas pessoas que são “velhas” na igreja, mas seguem mentindo, blasfemando, invejando, julgando, roubando e por aí vai. A palavra velho tem muitos significados, mas um dos que estão no Dicionário Aurélio chamam atenção: “que existe há muito tempo, ultrapassado”. É claro que professar a fé há muitos anos não quer dizer que a pessoa não tenha comunhão com Deus, não é isso. Mas há muitos que estão vivendo no engano porque acham que ter tempo de Obra significa ser evoluído espiritualmente.

Cláudio Ferreira Vilela, consultor de investimentos, de 31 anos, viveu isso na pele. Ele começou a frequentar a Universal com seus pais ainda criança. “Cheguei com 10 anos na igreja, em 1996, com epilepsia e com a minha família destruída por conta de brigas e traições”, diz. Por meio da fé de seus pais e de sua pureza de coração, ele foi curado. “Os desmaios e convulsões, que eram constantes, sumiram. Além da bênção na saúde, vi meus pais reconstruírem o casamento baseados na Palavra de Deus e vencerem a miséria.” Os anos passaram e, quando estava com 16 anos, Cláudio já tinha seu próprio negócio. “Quando estava com 18 anos, minha loja de alarmes e acessórios automotivos já tinha mais de 10 funcionários. Tudo estava indo muito bem.”

Mas, apesar de ter sido curado da epilepsia, de ter visto a mudança no casamento dos pais e obtido crescimento na carreira, Cláudio não cuidou do seu interior e cresceu acumulando mágoas no coração. “Eu não perdoava as pessoas que me machucavam e guardava tudo dentro de mim. Então, por mais que por fora parecesse que eu estava arrebentando, por dentro eu era uma pessoa amarga”, revela.

Ele também passou a frequentar ambientes aos quais não ia antes. “Ia a barzinhos toda semana. No fundo, acreditava que o mérito das conquistas era meu e não de Deus. Não demorou muito para que tudo começasse a dar errado. Com 24 anos, fiquei com o nome sujo e contraí muitas dívidas, sendo uma delas de R$ 300 mil.” Foi nesse momento que Cláudio percebeu que tantos anos de igreja não foram suficientes para que a mudança interior dele acontecesse. “A verdade é que eu não tinha o Espírito Santo. Tinha tido experiências com Deus, mas não O conhecia nem me conhecia. Me recordo que quando entendi isso refleti a respeito dos meus comportamentos. Tive que lidar com um Cláudio que não tinha atitudes que condiziam com as Escrituras.”

Ele aprendeu que precisava perdoar se quisesse mudar e decidiu se libertar de todo ódio que guardava. “Perdoei meus ex-sócios que me diminuíam e todos que haviam me ofendido um dia. Não foi fácil, porque o perdão não é um sentimento, é uma decisão, mas essa atitude me libertou e, depois dela, recebi o Espírito Santo. Hoje tenho uma vida próspera e um casamento abençoado. É claro que tenho problemas também, mas sempre os enfrento com discernimento e sabedoria.”

Às vezes, nem ver para crer funciona
Há casos de pessoas que chegam desesperadas na igreja e com fé para lutar pela mudança na vida de outra pessoa, mas essa fé é “fogo de palha”. Quando se coloca fogo numa palha, ela queima e apaga rapidamente e o mesmo também acontece na vida espiritual de quem só pensa em ajudar os outros e se esquece de olhar para si mesmo. Quando conquistam o que buscam, a força, a animação e a perseverança para que continuem na igreja e na fé se esvaem.

Ver o marido se libertar dos vícios não foi suficiente para Daiana Chamorro da Costa Alves, auxiliar administrativo, de 33 anos (foto a esq.), deixar de ter maus olhos com o Altar. “Quando casei, meus sogros me convidaram para ir à Universal. Relutei muito porque tinha preconceito, mas meu casamento estava destruído por causa do vício do meu marido em bebidas e festas. Estava no fundo do poço e, por isso, aceitei o convite. Depois de alguns meses, ele foi curado. Só que eu seguia tendo malícia com a Obra”, revela.

O marido de Daiana passou a frequentar as palestras e se tornou um verdadeiro homem de Deus. “Mesmo tendo essa bênção na minha vida, eu ainda tinha maus olhos. Me recordo que ele participava dos propósitos e eu não. Na verdade, tinha conquistado a libertação dele e não estava olhando para mim mesma”, observa.

O tempo passava e o marido de Daiana crescia na fé, enquanto ela continuava no mesmo lugar. “Tínhamos muitas discordâncias de opinião quanto às coisas da igreja. Ele saía para evangelizar e eu nunca o acompanhava nem me interessava. Estava feliz que ele tinha abandonado os vícios e aquilo para mim era o mais importante”, constata. Só que, por conta dessas atitudes, eles passaram a ter muitos problemas no casamento. “Cheguei no fundo do poço e decidi pedir ajuda para o pastor porque eu não estava feliz comigo mesma. Ele me orientou e disse que eu estava mal espiritualmente e que precisava cuidar de mim e do meu interior”, declara.

Daiana conta que foi difícil olhar para si mesma, admitir seus erros e defeitos, mas que, quando conseguiu fazer isso, tudo mudou. “Percebi que era maliciosa. Estava na Universal, mas agia como os perseguidores da igreja agem. Vi que era assim porque via o problema sempre no outro e nunca em mim. Me achava a dona da razão. Só que, hoje, posso dizer que só conquistei um casamento abençoado e tantas outras bênçãos quando fui humilde para mudar meu olhar em relação à Obra e isso só aconteceu quando reconheci minhas fraquezas e lutei contra elas. Até me emociono quando lembro do tempo perdido distante de Deus, apesar de estar dentro da igreja”, finaliza.

A cura da pior doença
Outro fato comum nas igrejas é a chegada de pessoas doentes em busca de esperança e cura. É claro que isso é importante e válido, mas muitas, quando vencem a doença física ou emocional, continuam doentes espiritualmente.

Não foi a cura da depressão que fez com que Sarah Hissa Leite Cypriani, internacionalista, de 25 anos, preenchesse o vazio que sentia dentro de si. “Parece contraditório, mas não é. Minha mãe lutava pela minha cura emocional na Universal e eu fazia tratamento medicamentoso com meu pai, que é médico. Além dos remédios, tentava lidar com a depressão fazendo viagens e passeios, mas nada resolvia”, se recorda.

Quando estava com 22 anos, por causa da depressão, Sarah desenvolveu fibromialgia. “É uma doença incurável que me deixava com dores pelo corpo inteiro. Lembro que um dia acordei com dor e disse para minha mãe me levar na Universal porque ou eu me curava ou eu morria de uma vez. Não aguentava mais aquela situação”, afirma.

Em 2016, Sarah alcançou a cura da fibromialgia e da depressão, porém, mesmo curada, continuava se sentindo incompleta. “Depois da minha cura, saiu um peso de dentro de mim, mas ainda não me sentia completa. No fundo sabia que existia um vazio em minha vida”, diz. Esse espaço incompleto em seu interior mostrou a ela que se não focasse no que realmente era importante nada aconteceria. “Estava indo à igreja só para ser abençoada. Eu não estava preocupada em ter o Espírito Santo. Só queria me sentir bem comigo mesma, mas Deus, que é misericordioso, me ensinou que o que realmente importava era tê-Lo. Então, mudei meu objetivo e foquei em diariamente buscáLo, passei a ler livros da fé e a ir às palestras com o objetivo de receber o Espírito Santo”, revela.

Não demorou para que esse vazio fosse preenchido. “Hoje, sou uma pessoa completamente transformada. Percebi que não existe limites para um Deus tão grande e que tudo acontece conforme nossa fé e nossa coragem de mudarmos a nós mesmos”, completa.

A resposta está no sacrifício
Quando Jesus disse a Nicodemos, fariseu e mestre da lei, “que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, como está escrito em João 3:3, revelou que somente o Espírito Santo pode proporcionar a verdadeira mudança interior. Ele explicou que quem é terreno tem a natureza e sentimentos terrenos, mas quem nasce de Deus é espiritual e vence qualquer deserto. Só que Nicodemos não entendeu aquelas palavras e Jesus o questionou: “Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que temos visto; e não aceitais o nosso testemunho!” João 3:10,11.

Muitas pessoas alcançam vitórias dentro da igreja e continuam com seus corações duros, se negam ao sacrifício de si mesmas e cedem ao pecado. O Nosso Senhor diz objetivamente a elas: “A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más.” João 3:19.

Muitos que se dizem cristãos estão nas trevas porque não querem que a luz de Deus revele seus erros e defeitos. Mas quem decide praticar a verdade se aproxima dessa luz. Se você também deseja ter uma vida realizada, mude o alvo e olhe primeiro para dentro de si. Pergunte a Deus o que Ele quer que você mude.

Sacrifique pensamentos, posturas, atitudes e emoções que não estão de acordo com a Palavra de Deus. Verifique as suas intenções. Aja a fé. Porque para conquistar a mudança total de vida é preciso pagar o preço dela, ou seja, sacrificar sempre o que não vem do Altíssimo para, aí sim, trocar a vida velha por outra nova, verdadeira e feliz. Afinal de contas, sem sacrifício não há vitória.

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Colaborador

Ana Carolina Cury / Fotos: Fotolia, Cedida e Gabriel Andrade