Eventos ocupam tempo ocioso de menor infrator com atividades educativas e esportivas

Filmes, peças de teatro e jogos desportivos são usados como ferramenta de reinserção social no período de férias do calendário público escolar

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Mais de 40 mil jovens em cumprimento de medidas socioeducativas no Brasil terão acesso a atividades durante o período em que não terão aulas do Ensino Fundamental I e II, em unidades prisionais ou em unidades educacionais convencionais. Eles assistirão a palestras educativas, participarão de jogos e sessões de cinema com filmes que os levarão à reflexão sobre os atos infracionais que cometeram, para que ao retornarem à sociedade não reincidam no crime.

“Oferecemos ações com conteúdo que mostram novas perspectivas de vida e ideias sobre como superar as dificuldades que surgem na vida”, destaca o Pastor Ulisses Gomes, coordenador da USE – Universal Socioeducativo, que atende adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em todo o Brasil.

Entre os filmes que serão exibidos estarão o longa metragem “Nada a Perder” que conta a história do fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Bispo Edir Macedo, e o filme “Gol Um Sonho Impossível” sobre um jovem pobre, de origem mexicana, que realizou o sonho de ser um jogador profissional de futebol, a despeito de todas as dificuldades.

As atividades de férias letivas começaram nesta quinta-feira (03/01) no estado de São Paulo, Ceará, Tocantins e Mato Grosso do Sul, e acontecerão até o dia 1º de fevereiro.

“Os eventos educativos vão ocorrer em praticamente todos os estados do país, pois ainda estão sendo agendados”, explica o Pastor Ulisses.

Juventude vigiada para ressocialização

O Brasil tem hoje 26 mil adolescentes em algum tipo de privação ou restrição de liberdade, sendo 9.918 no estado de São Paulo, segundo dados divulgados pelo Levantamento Anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Além destes jovens, há outros 20 mil que cometeram atos infracionais, mas cumprem medidas socioeducativas em Liberdade Assistida.

Uma pesquisa divulgada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e feita em parceria com a PUC Minas apontou que 30,1% dos menores que cometem atos infracionais acabam se tornando reincidentes no estado.

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Colaborador

UNIcom