Bebês de encarceradas recebem massagem
Voluntários auxiliam no alívio das dores das crianças
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 466 encarceradas estão grávidas ou são lactantes. Em inspeções feitas pelo CNJ, foram encontradas mães e crianças recebendo alimentação inadequada e alojadas em acomodações impróprias. Faltam também ginecologistas ou obstetras para o atendimento pré-natal das grávidas e pediatras para atender os recém-nascidos que vivem nas cadeias brasileiras.
Para aliviar o estresse dos bebês que vivem nesse ambiente, massoterapeutas voluntários do programa Universal nos Presídios (UNP) de Santa Catarina utilizam a massagem para trazer benefícios aos recém-nascidos que ficam na maternidade infantil da Penitenciária Feminina de Criciúma, no sul catarinense. A técnica melhora a respiração, alivia cólicas e ajuda a promover um sono tranquilo ao bebê.
“A massagem atua na ansiedade do bebê, pois a maioria nasce de uma gestação não planejada. Nós também conscientizamos as detentas grávidas sobre o aleitamento materno”, relata a voluntária Andreia Mota.
As presas gestantes recebem também enxovais, fraldas e leites. Elas participam, ainda, de cursos de qualificação profissional, como estética facial, manicure e maquiagem.
Outros locais
O mesmo trabalho acontece também em outros Estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, os voluntários da UNP realizam o evento Mamãe UMI, com um desfile com detentas grávidas e outras que deram à luz. A ação é realizada na Unidade Materno Infantil, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro.
Segundo a coordenadora da UNP Feminino no Rio de Janeiro, Fabíola Silva, a ação ajuda a elevar a autoestima da presa e a auxilia a enfrentar as mudanças hormonais e físicas no momento da gestação.
* Com informações do UNICom