Como uma infecção na pele pode colocar a vida toda em risco?

Ana Paula dos Santos viveu essa situação ao ter erisipela, mas conseguiu vencê-la. Saiba como

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A vendedora Ana Paula dos Santos Ribeiro, de 38 anos, sentiu na pele o que é realmente enfrentar um problema de saúde. Em uma noite de julho de 2011, ela foi dormir sentindo uma dor na perna esquerda, mas pensou que não fosse nenhum problema grave. No dia seguinte, ao acordar, percebeu que a região da panturrilha estava com manchas avermelhadas e o tornozelo, inchado. Além disso, ela se recorda que sentiu dores insuportáveis.
Diante daquela situação, Ana Paula logo procurou ajuda médica. Ao chegar ao pronto-socorro, foi diagnosticada com erisipela – infecção da camada superficial da pele que provoca feridas vermelhas, inflamação e dor. A doença se desenvolve principalmente nas pernas, no rosto ou nos braços, apesar de poder surgir também em qualquer outra parte do corpo.
Na hora, a vendedora foi medicada e orientada a tomar antibióticos em casa e a fazer repouso. Porém, três dias depois, ela começou a perceber que haviam surgido bolhas d’água em sua perna e que as dores haviam aumentado. “Eu não conseguia colocar os pés no chão nem ao menos andar, o que me assustou.”

Diagnóstico
Ana Paula retornou ao hospital e foi encaminhada para ser avaliada por um cirurgião. Ele a informou que ela precisaria fazer uma pequena cirurgia para remover a pele que já havia sido afetada. Então, ela fez o procedimento e voltou para casa.
Depois de cinco dias, a situação havia piorado. Ela retornou novamente ao médico. E assim descobriu que o seu problema já estava em estágio avançado e evoluindo para uma úlcera varicosa – ferida que se localiza normalmente perto do tornozelo, muito difícil de ser curada por causa da má circulação sanguínea do local e que, em casos mais sérios, pode demorar semanas ou até anos para cicatrizar.
Em razão da gravidade da situação, os médicos pediram a internação dela. Ela lembra que já não conseguia mais andar e que os especialistas lhe haviam dito que o problema de saúde dela era de alto risco. “Eu dependia dos enfermeiros para tomar banho e ir ao banheiro. Era carregada no colo por eles e as dores eram intensas e só aumentavam.”

A cura
Os médicos informaram que a vendedora ficaria internada por no mínimo 30 dias. Ainda disseram que a recuperação dela poderia ser demorada – cerca de seis meses – e que ela ficaria dependente de remédios a vida inteira.
Apesar de receber a má notícia, Ana Paula não a aceitou. Ao contrário, decidiu usar sua fé. “Eu não podia aceitar ter de tomar medicamentos para o resto da vida, então me revoltei com aquela situação.”

Ela já frequentava a Universal havia três anos. Então, começou a fazer um propósito lá mesmo no hospital com a água consagrada nas reuniões da Igreja, levada pelas obreiras que a visitavam. “Elas me levavam a água do tratamento e eu usava, tomava todo dia e quando ia tomar banho passava um pouco na perna. Usei a minha fé.”
Aos poucos, ela foi vendo a restauração de sua saúde. A fé aliada ao tratamento médico lhe deram a cura. Em vez de ficar 30 dias internada como recomendaram os médicos, ela ficou apenas sete. Já se passaram sete anos e, hoje, ela está sem nenhuma sequela nem apresenta sinais da volta do problema. Agora, a vendedora desfruta de uma vida saudável.
Causas e sintomas

  • Segundo o dermatologista Domimberg Ferreira, a erisipela é uma doença mais frequente em pessoas com mais de 50 anos, obesas  ou diabéticas.
    A enfermidade é, geralmente, causada pela bactéria Streptcoccus pyogenes, que também pode causar uma forma mais grave da doença chamada de erisipela bolhosa. Essa condição provoca feridas com bolhas contendo líquido transparente, amarelo ou marrom e, na maioria das vezes, é necessária internação hospitalar e tratamento com antibioticoterapia endovenosa (antibióticos pela veia).
  • Os sintomas da doença geralmente aparecem de forma abrupta, podendo ser acompanhados de febre superior a 38 graus e calafrios. Os mais comuns são feridas vermelhas na pele, que inflamam e provocam dor; sensação de queimação na região afetada; manchas vermelhas com bordas elevadas e irregulares; e formação de bolhas e escurecimento da região afetada, nos casos mais graves, chamados de erisipela bolhosa.
  • Se não houver tratamento rápido, a lesão pode evoluir e afetar camadas mais profundas da pele causando, então, a celulite infecciosa e aumentando a gravidade do quadro.
  • O diagnóstico é feito por meio da história clínica do paciente e do exame físico, não havendo necessidade de outros exames específicos.
  • O tratamento se baseia no uso de antibióticos. Caso não seja feito o tratamento adequado, o problema pode evoluir para uma úlcera varicosa, que deve ser tratada também com antibióticos e curativos, além de pomadas cicatrizantes. É preciso também fazer acompanhamento com médico vascular.

Reunião da Saúde restaurada
Direcionada a quem sofre com uma doença, dores ou problemas de saúde persistentes. Todas as terças-feiras, no Templo de Salomão ou em uma Universal mais próxima de você. Para saber os horários, acesse aqui.
* A Universal ensina a prática da fé espiritual associada ao tratamento médico recomendado a cada paciente

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Colaborador

Maiara Máximo / Fotos: Demetrio Koch e Arquivo Pessoal