Quais são as propostas dos candidatos à presidência do Brasil para a economia?

Imagem de capa - Quais são as propostas dos candidatos à presidência do Brasil para a economia?

No dia 28 de outubro, ocorrerá o segundo turno das Eleições 2018. E, em todo o país, os eleitores poderão exercer o direito de voto sobre quem deve ocupar o cargo de chefe do poder Executivo.
Entre as funções do presidente da nação estão, por exemplo, nomear e afastar ministros, realizar a administração no âmbito federal, aplicar as leis que foram aprovadas pelo poder Legislativo, estabelecer relacionamento com os demais países e definir a política econômica que o País trilhará.
Por isso, é importante saber o que pensam os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) sobre a economia do Brasil.
Primeiramente, vale observar que o candidato Fernando Haddad herda uma estratégia já conhecida dos brasileiros, que culminou na maior crise econômica registrada no País.
Nos anos 2015 e 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve queda consecutiva de 3,8% e 3,6% – como mostra o gráfico ao lado.
Um registro pior do que o verificado entre os anos 1930 e 1931 (2,1% e 3,3%, respectivamente).
Em entrevista ao Brasil Notícias, que vai ao ar pela Rede Aleluia, o diplomata mestre em Planejamento Econômico e Economia Internacional e professor de Economia Política, Paulo Roberto de Almeida, destacou os pontos principais do programa econômico do candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
“O programa de economia do Fernando Haddad é uma reprodução ampliada daquilo que já vinha sendo feito nos governos de Lula e Dilma e esse programa conduziu o Brasil diretamente para uma crise fiscal, ou seja, uma expansão dos gastos públicos acima das receitas e acima das possibilidades de crescimento da economia. Fernando Haddad propõe, em primeiro lugar, cancelar a emenda constitucional que limitou os gastos públicos a um teto baseado na taxa de inflação. Ele pretende continuar gastando acima da inflação, acima das receitas, acima do crescimento da economia. O que é insustentável”, avaliou.
Já o candidato Jair Bolsonaro apresenta uma proposta totalmente oposta, com simplificação dos impostos, redução de ministérios e privilégios, além do abandono ao forte intervencionismo estatal.
“O conselheiro econômico de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, efetuou uma proposta, basicamente, liberal na economia, com abertura ao exterior, privatização das empresas estatais. Ele também propõe reduzir algo da dívida pública vendendo ativos do Governo. O programa do Jair Bolsonaro é um programa liberal. É uma posição muito positiva com relação ao que o Brasil veio seguindo nos últimos anos”, conclui.
Também concorda com essa análise, o mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), André Assi Barreto.
“O que alça as pessoas à uma melhor condição é um emprego – muito mais do que um programa social estatal. Então, o programa econômico de Bolsonaro está muito mais próximo da liberdade econômica, do que o programa de Haddad – que, na verdade, significa um retorno à pior crise econômica que o Brasil já passou”, disse.
Por causa de sua proposta econômica, a ida de Jair Bolsonaro para o segundo turno promoveu um aumento na confiança nos investidores, gerando uma forte queda no dólar, no dia 8 de outubro último.

imagem do author
Colaborador

Daniel Cruz / Foto: Reprodução