Política não é piada

Entenda por que votar em gente engraçada pode arruinar seu futuro

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Suponhamos que você seja o dono de uma empresa e esteja procurando diretores para ela. Os contratados decidirão o futuro de seu investimento e, consequentemente, o seu futuro. Você contrataria alguém apenas porque ele é engraçado?

Evidentemente a resposta para a pergunta acima é ‘não’. Ninguém em sã consciência contrataria alguém porque é famoso ou engraçado para gerir seus negócios. Na política, infelizmente, as coisas são diferentes.

A cada dois anos vemos candidatos que estão ali apenas porque são famosos. Esse ano, por exemplo, uma candidata à deputada distrital está anunciando que, se eleita, fará com que o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça próteses de silicone.

Pessoas como essa candidata, que fazem graça ou polêmica, são chamadas de “puxadores de votos”. Por serem engraçados, conhecidos no meio artístico ou polêmicos, esses candidatos são escolhidos por partidos para chamar atenção e conquistar mais votos.

É claro que existem famosos que se candidatam com boas intenções. A maioria, porém, está ali porque quanto mais votos seu partido ou coligação conseguir, mais cargos legislativos obterá.

A população é representada por partidos e coligações, não apenas por candidatos. No Brasil são 35 partidos com ideias e propostas diferentes. A função do voto proporcional é fazer com que o eleitor se sinta representado mesmo que seu candidato não seja eleito, pois o partido dele herdará seu voto e o destinará a alguém que siga as mesmas ideias.

Esse sistema elege vereadores e deputados. Por isso, é muito importante conhecer o candidato. Pesquise as propostas e as ideias de partidos e coligações e conheça a lista de candidatos de cada legenda. E nunca vote porque gostou da piada. Seu futuro depende de sua escolha.

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Colaborador

Andre Batista / Imagem: Fotolia