Programa social resgata jovens no Suriname

Na capital do menor país da América do Sul, crianças e adolescentes são vítimas da prostituição e da criminalidade

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Recentemente 400 jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social no Suriname participaram de um evento esportivo-cultural na capital do país, Paramaribo.
Promovido pelo programa social Força Jovem Universal (FJU), o encontro teve o objetivo de elevar a autoestima dos participantes e conscientizá-los quanto à importância de levar a vida de forma saudável.
Durante o evento, foi realizado um torneio de futebol masculino, além de apresentações de teatro, dança e sarau de poesia com o tema Driblando os Problemas dos Jovens na Sociedade.

Inclusão social
Segundo as Organizações de Bairro Suriname, cerca de 20 mil jovens entre 15 e 19 anos estão na criminalidade. Além disso, a prostituição no país é grande e atinge meninas de 12 a 19 anos.
De acordo com a neuropsicóloga Sila Kisoensingh, nove em cada dez crianças surinamesas enfrentam abuso físico ou mental. O fato provoca o abandono escolar precoce e “estimula o ingresso em gangues, no circuito de drogas ou na prostituição juvenil.”
O coordenador da FJU no país, Pastor Aleixo Prates, destaca que o uso do esporte na prevenção da delinquência juvenil é um dos itens apontados pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), da Organização das Nações Unidas (ONU), como uma das estratégias para tornar o mundo mais seguro.
Ele organizou, pela primeira vez no Suriname, o que chamou de FootShow. O evento aconteceu estrategicamente no conhecido estádio Ismay van Wilgen Sporthal para chamar a atenção dos jovens. Oito times de futebol disputaram a taça. O Pulse, de Land van Dijk, venceu o torneio. O segundo lugar ficou para o Dynamic, do bairro Flora. Time Sky, de Tourtonne, ocupou a terceira colocação.
Entre uma partida e outra, as apresentações culturais animaram a plateia. A declaração de Charlain, de 27 anos, uma das integrantes da FJU, emocionou os presentes: “eu era infeliz no meu interior, me sentia sozinha e não conseguia controlar meus sentimentos. Já não sabia se eu era menino ou menina”, declarou. “Hoje, me visto como uma dama e não tenho mais complexo de inferioridade nem ódio.”
Durante o evento, o coordenador da FJU explicou aos jovens que “sempre existe uma saída para enfrentar seus problemas: primeiro por meio da fé e depois por meio da cultura, da educação e do esporte.”
Uma nova ação social da FJU já está marcada. Será o evento Saiba Dizer Não, em 17 de novembro, para os jovens aprenderem a combater o bullying, o consumo de drogas, o suicídio e o preconceito.
* Com informações da UniCOM

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Colaborador

Redação* / Fotos: Cedidas