Com o intuito de garantir a ressocialização de presos, o programa Universal nos Presídios (UNP) investe há um ano e meio em atividades esportivas e na reforma de quadras nesses espaços. Segundo o Bispo Eduardo Guilherme, coordenador da UNP no Brasil, a reforma das quadras aconteceu em vários Estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná, Minas Gerais, Tocantins e Rondônia. “Nas visitas às unidades, percebemos que muitos espaços estavam largados e os detentos tentavam praticar esporte. Então, decidimos melhorar este ambiente e ajudá-
los, o que lhes garante melhorias na saúde e diminuição dos pensamentos errados.”

As reformas mais recentes aconteceram na Penitenciária Feminina de Santana, na capital paulista, e no Centro de Progressão Penitenciária Professor Ataliba Nogueira, em Campinas, no interior de São Paulo. Na de Santana, foram reformadas seis quadras, com a colaboração de 30 voluntários da UNP que também doaram materiais para a prática de futebol e vôlei. A mão de obra ficou por conta das detentas. Foram mais de 2 mil presas beneficiadas e agora elas têm um local adequado para banhos de sol.
Em Campinas, 3 mil presos foram beneficiados. O evento os aproximou de atividades negligenciadas pelo Estado, explica o Pastor Henrique da Silva Pires, coordenador da UNP em Campinas: “muitas vezes, eles não querem orar, mas, quando unimos esporte e fé, não há quem rejeite. Eles encontram nisso um caminho para fugir dos vícios e
da criminalidade”.

Para o Bispo Eduardo Guilherme, o trabalho é fundamental para que eles percebam que não foram esquecidos por Deus nem pela sociedade. “O esporte nos permite mostrar que é possível valorizar a vida. É um trabalho completo: espiritual e social” conclui.