Detentos do CDP de Caraguatatuba aprendem a fazer tapetes

Grupo UNP foi responsável por oferecer o curso que tem por objetivo gerar um meio de renda para os internos e seus familiares. Confira

Imagem de capa - Detentos do CDP de Caraguatatuba aprendem a fazer tapetes

Há cerca de um ano e meio o grupo Universal nos Presídios (UNP) realiza o trabalho de evangelização dentro do Centro de Detenção Provisória de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo.
A unidade abriga aproximadamente 1.450 internos, os quais são alcançados pelo trabalho realizado pelos voluntários que visitam o local quatro vezes por semana,  a fim de levar uma palavra de fé e orar por todos.
Mas não é só isso. Além do apoio espiritual e emocional a UNP também se preocupa em proporcionar aos detentos e seus familiares o bem-estar físico.

Foi pensando nisso, que o Pastor Antonio Marcos Barbosa, e sua esposa, Vania Barbosa, responsáveis pela UNP do bloco de São José dos Campos (do qual Caraguatatuba faz parte), tiveram a ideia de promover dentro da unidade o curso de Tapetes Medusa, cuja finalidade é gerar um meio de renda não só aos presos, mas também aos seus familiares.
De acordo com Vania, que, inclusive, se dispôs a dar pessoalmente o curso à primeira turma formada, inicialmente somente 8 detentos foram autorizados a participar, pois a ideia é formar monitores para que, futuramente, eles venham formar outras equipes.
“A finalidade é deixá-los como monitores para que deem andamento ao aprendizado, e voltarmos de vez em quando para ensinar novas técnicas, dando a possibilidade de eles desenvolverem suas habilidades sozinhos”, explica.
A iniciativa faz parte de um projeto idealizado pela UNP e que será apresentado ao Juiz reivindicando a redução de pena a todos os internos que concluírem o curso.

“Todos os agentes e diretores se interessaram pelo curso e eles estão com muita vontade de que a gente continue fazendo, para que tanto a família como os detentos tenham um meio de renda, pois a ideia é estender o curso também para os familiares”, destaca Vania.
Sobre o curso
Trata-se de um tipo de tapete muito fácil de fazer, porém, demanda bastante tempo, o que é um ponto positivo já que os mantêm ocupados por mais tempo.
O material usado nesse primeiro curso veio de doações, porém, para os próximos cursos os próprios familiares fornecerão. Depois de prontos os tapetes serão levados pelos familiares para vender. “É um meio de renda com retorno financeiro muito bom”, garante Vania.
Para saber mais sobre as ações que o grupo Universal nos Presídios realiza junto à população carcerária em todo o Brasil, acesse aqui.

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Colaborador

Jeane Vidal / Fotos: cedidas