Crime organizado recruta crianças cada vez menores

Quase 70% dos envolvidos têm menos de 15 anos de idade

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O crime organizado está recrutando cada vez mais crianças. Essa é a conclusão à qual chegou um estudo realizado pela Organização Não Governamental (ONG) carioca Observatório das Favelas. De acordo com os resultados, quase 70% dos jovens envolvidos em organizações criminosas têm 15 anos de idade ou menos.

Veja, no gráfico abaixo, a média de idade dos “soldados” do crime organizado:

O porta-voz da Observatório das Favelas Jailson de Souza esclareceu, em reportagem de Carolina Novaes para o telejornal Balanço Geral (Record TV), que “hoje é mais fácil para uma criança entrar para o tráfico de drogas no Rio de Janeiro do que para um jovem acima de 18 anos. Isso é muito perigoso.”

Pesquisas indicam que as organizações criminosas de outras capitais, principalmente aquelas que lidam com o tráfico de drogas, seguem o mesmo caminho: recrutar adolescentes de zonas periféricas, pois eles precisam auxiliar na renda familiar e querem mais dinheiro. A mesma pesquisa da Observatório das Favelas revelou que 62% dessas crianças entraram para o crime por querer ajudar a pagar as contas de casa.

Você pode mudar isso

Quanto mais jovens envolvidos com o crime organizado maior a violência no país, isso é claro. O que muitos ignoram é que essas pessoas não se tornam criminosas apenas por gostarem dessa vida. A maioria delas é excluída da sociedade e, sem perspectivas, sente-se atraída por quem oferece alguma oportunidade. É o que declarou Jailson à imprensa:

“Esse jovem vive em situação de precariedade muito grande em termos de trabalho. Por outro lado [no crime] ele tem um reconhecimento, de respeito, de pertencimento que ele não consegue em outros espaços”.

Dos jovens entrevistados na pesquisa citada acima, 66,3% estiveram no mercado de trabalho antes de entrarem para o crime, mas a exploração e as péssimas condições de trabalho os desmotivaram. Além disso, 40% dos jovens abandonaram o crime organizado para viver honestamente, mas não obtiveram sucesso e, por isso, retornaram ao crime.

Quase 20% de todos esses jovens relataram dificuldade em conseguir estudar ou ter emprego com remuneração adequada.

É evidente que a maior parte das pessoas que passam dificuldades não escolhem entrar para o crime, mas a exclusão social de crianças é uma das grandes responsáveis pelo crescimento de organizações criminosas.

Cabe aos governantes assegurar educação, saúde e emprego a essas pessoas. Esses são direitos constitucionais que são desrespeitados no dia a dia. A sua parte, portanto, é escolher muito bem o candidato em quem vai votar. Não abra mão de decidir quem vai governar o país, pois é ele que lidará com o grave problema do crime organizado nos próximos anos.

Universal também atua nessa área

Entendendo a complexidade do assunto, a Universal se dedica há mais de 25 anos a orientar os jovens e as crianças, fazendo com que elas enxerguem uma perspectiva de vida honesta e possível.

Além disso, o programa Socioeducativo também trabalha com menores internos em 360 instituições socioeducativas de todo o Brasil – e até mesmo fora do país. São mais de três mil voluntários dedicados a auxiliar os jovens em sua reinserção à sociedade.

A importância desse trabalho está em demonstrar ao jovem, por meio da Palavra de Deus, que é possível reconstruir sua vida em sociedade honestamente.

Conheça melhor o trabalho do Universal Socioeducativo clicando aqui.

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Colaborador

Andre Batista / Imagem: iStock