Além das portas douradas

No dia da saída da Arca da Aliança, que agora percorrerá os cinco continentes, os participantes da Nação dos 318 aprenderam que a fé sem atitude não leva a nenhum lugar

Imagem de capa - Além das portas douradas

 
O Templo de Salomão, localizado no bairro do Brás, em São Paulo, é um local que reúne pessoas de diferentes culturas, raças e credos e atrai olhares de visitantes e simpatizantes do mundo inteiro. Agora, um de seus artefatos sagrados, a Arca da Aliança, percorrerá maiores distâncias e chegará a todos, uma vez que será levada aos cinco continentes. Com ela, chegará vida, fé, respeito, reverência, santidade e a presença do próprio Deus.

Quase 10 mil pessoas que vieram no dia 20 de agosto de diferentes localidades, entraram no Templo e se acomodaram para participar da Nação dos 318 Pastores (palestra destinada ao direcionamento da vida financeira que acontece às 22h) puderam acompanhar a saída da Arca. O Bispo Edson Costa, que realizou a palestra, explicou que “a Arca representa Deus indo adiante do povo e prepara o caminho para que Ele faça a diferença na vida dele mundo afora.”
Eram quase 23 horas quando, carregada pelos levitas, ela atravessou o corredor principal do Templo rumo à área externa do Santuário, mais precisamente para ficar na réplica do Tabernáculo. Ali permaneceu até o dia seguinte para depois seguir viagem em direção aos Estados Unidos – um trajeto de mais de 7 mil quilômetros.

Estavam presentes nesse dia Rodrigo Ribeiro da Silva, de 28 anos, e Vânia Barbosa, de 23 anos (foto a dir.). Eles saem semanalmente do Itaim Paulista para participar das palestras às segundas-feiras. O casal namora há três anos e frequenta o Templo há dois. “Viemos por meio do convite de um conhecido”, disse Rodrigo.
Para ele, frequentar as reuniões lhe trouxe melhor entendimento da vida financeira. “Quando cheguei aqui, minha visão se abriu. Em dois dias conquistei o que ganhava em um mês. Abri minha empresa e adquiri dois imóveis”, explicou o empreendedor, que é do ramo imobiliário.
O que ela representa
No passado, apenas os sacerdotes tinham contato com o artefato sagrado, que ficava no Santo dos Santos (Êxodo 26.33). Dentro dela ficavam as Tábuas dos Dez Mandamentos, a vara de Arão e o maná que veio dos céus, provisão que Deus mandou durante a peregrinação no deserto. A Arca simboliza a presença de Deus que, por meio do sacrifício de Jesus, todos podem acessar

Reuniões que agregam
O casal comentou que, apesar de ter conhecido o trabalho realizado pela Universal graças à participação nos encontros às segundasfeiras, tomou consciência não apenas da grandeza que Deus pode proporcionar à vida financeira, mas também ampliou a compreensão quanto à importância da vida espiritual.
Por isso, eles passaram a frequentar outras reuniões, como as realizadas às quintas-feiras, voltadas para a vida amorosa; e às quartas-feiras e domingos, direcionadas aos que desejam estabelecer uma comunhão ainda maior com Deus e saber de Sua vontade.
Para Vânia, participar dos encontros serviu como um despertar: “aprendi a usar a fé e passei a entender que o que está escrito na Bíblia vai se cumprir em minha vida. Ir a uma reunião no Templo é um alimento para a minha alma e para o meu espírito”.

Ensinamentos de fé
Durante o encontro, o Bispo Edson Costa frisou a importância de ter atitude. “Infelizmente, as pessoas creem no poder de Deus, mas não mudam sua atitude. E não adianta mudar de crença e não mudar de comportamento. Temos visto um povo de muita fé e pouca atitude, mas as duas têm que andar juntas”, expôs.
Ele ressaltou ainda que sentimentos negativos e complexos sempre conflitarão com o que nos propomos a fazer. “O medo faz parte do ser humano. Nossa vontade é de nunca sair da zona de conforto nem arriscar, mas é necessário que façamos isso”, disse.
O Bispo exemplificou com a história descrita na Bíblia em João, no capítulo 5, em que um homem era paralítico havia 38 anos. O cenário é o tanque de Betesda, lugar onde cegos, coxos e paralíticos esperavam a presença de um anjo que, ao agitar as águas do tanque, traria a cura. Contudo a crença limitava a graça a ser alcançada apenas ao primeiro que entrasse no tanque depois da ação do anjo.
Esse paralítico esperou por muito tempo pela compaixão de alguém que o ajudasse a ficar próximo ao tanque. Ao passar por ali, Jesus fixou seus olhos especialmente nele. Mas, em vez de auxiliá-lo a chegar ao tanque, determinou que ele mesmo tomasse o leito, se levantasse e fosse para casa. Jesus provocou uma mudança não só na crença, mas na atitude dele. “O que não aconteceu em 38 anos, aconteceu em um minuto. Jesus fez que o homem enxergasse a cura, se enxergasse andando. Ele parou de rastejar”, pontuou o Bispo, com o intuito de despertar a fé dos participantes que vivem acomodados com a situação em que se encontram.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Demetrio Koch e Marcelo Alves