Excesso de uso de smartphones afeta famílias, alerta programa social

Pais viciados em celular negligenciam educação dos filhos

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Estudos científicos apontam que o uso excessivo do celular está atrapalhando a relação entre pais e filhos. No mês de julho, o programa social “Escola de Mães”, da Universal, proporcionou para pais e filhos de todo o Brasil e em 10 países a oportunidade de experimentar a convivência plena em família: sem a interferência de smartphones, computadores e tablets.

Segundo a coordenadora do projeto, Néia Dutra, em um mundo tão corrido e tecnológico, as pessoas tendem a perder a conexão emocional umas com as outras e, principalmente, entre os membros da própria família. “O diálogo vai ficando escasso e monossilábico – é, não, sim, tá – os afetos vão esfriando e, por consequência, os familiares se distanciam uns dos outros”, explica a coordenadora.

No evento, foi proposto o uso da nostalgia dos pais e a curiosidade dos filhos, na atividade “Túnel do Tempo” para aproximar os familiares. Em um espaço grande, havia à disposição de todos brinquedos e brincadeiras de antigamente, como Bambolê, jogo de “pega varetas”, bolinhas de gude etc. Outras atividades desenvolvidas foram: confecção de bijuterias, porta trecos, karaokê, roda de conversa, na qual pais e filhos faziam perguntas uns aos outros sendo intermediados por uma conselheira e aulas de massagem com massoterapeutas.

Tecnologia que afasta

Pesquisa de opinião pública realizada pela empresa AVG mostrou que 87% das crianças brasileiras acreditam que seus pais usam os dispositivos digitais em excesso. O índice está acima da média global, que foi de 54%. O estudo, que ouviu mais de 6 mil pessoas em todo o mundo, mostrou também que 32% dos filhos se sentiam ignorados quando os pais utilizavam o celular.

O psiquiatra André Brasil Ribeiro, presidente da Associação Psiquiátrica da Bahia, acredita que o principal motivo do distanciamento, é a diminuição da comunicação afetiva entre a família. “Não se transmite afeto pelo celular”, lembra.

“Existem pais que são viciados no celular, que se fecham na sua bolha e se esquecem de que há vida por trás das telas. Sem dúvidas isso pode colocar em perigo a relação com as outras pessoas e também com os próprios filhos. Os pais, sem perceber, estão ignorando seus filhos. E o pior é que os pequenos podem se sentir trocados”, explica o especialista.

Os encontros da Escola de Mães acontecem todo primeiro domingo de cada mês, no Templo de Salomão, nas principais capitais e em algumas cidades do interior. Saiba mais clicando aqui.
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