A transformação que Deus faz

O passado de Jéssica Brito foi marcado por noites regadas a drogas. Mas, prestes a se internar, ela entrou por uma porta que mudou tudo

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Jéssica Brito, de 25 anos (foto abaixo), é filha única e nasceu em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Foi lá que “cresceu em uma família feliz” e foi “bem-criada”, segundo menciona. Esse cenário acolhedor, no entanto, dividiu espaço com o bairro perigoso e violento onde morava. “Conheci o mundo e os amores enganosos e comecei a andar com más companhias”, lembra. Aos 18 anos, se envolveu com drogas e, consequentemente, outras portas se abriram para ela.

Então, passou a frequentar bailes nas periferias, conheceu pessoas do tráfico, conseguiu dinheiro fácil e começou a portar armas de grosso calibre.
Jéssica passava as noites na rua. “Eu vivia mais fora do que em casa. Meu filho, hoje com 3 anos, passou a ser filho dos meus pais.”
Ela conta como o vício a prejudicava em casa: “meu pai comentava que eu estava diferente, muito magrinha e autoritária. Era o efeito das drogas. Perdi o diálogo que antes tinha com ele, gritava e não sabia conversar. Mas, minha mãe, que era nervosa, mudou sua postura e passou a orar. Lembro de vê-la com a porta do quarto fechada pedindo forças a Deus”. Ela se recorda que a mãe, Rosária, na época, já frequentava a Universal.
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Após uma noite de festa e regada a drogas, ela entendeu que precisava de ajuda. Ao se reconhecer como toxicodependente, decidiu se internar. “Usava maconha, ‘balinha’ (ecstasy) e lança-perfume. A cocaína também estava arruinando minha vida. Procurei minha mãe para pedir ajuda.” A reação da mãe foi dar palavras de vida e fé.
Jéssica reproduz o que ouviu dela: “não vou te internar. Vou te levar para a Universal. Lá, o meu Deus vai cuidar de você e tenho certeza que sua mudança começa agora”.
Jéssica demorou para ir. Até que um belo dia, como diz, foi sozinha. “Tive certeza que seria minha última porta e única saída.” Na primeira reunião, ela percebeu que estava livre da opressão e do vazio interior. Agora, ela afirma que a história de agressividade, brigas e rebeldia ficou para trás. “Eu era encrenqueira, perturbada, dona do meu nariz e independente, pelo fato de receber dinheiro fácil que me proporcionava uma vida sem faltas materiais. Só que me faltava o que tenho hoje: paz, amor-próprio, caráter, amor, bondade e graça”, enumera.
Ela conta o segredo que a transformou: “recebi o Espírito Santo. Sinto dentro de mim uma força capaz de suportar qualquer coisa. É Ele que me guia e me sustenta”.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Mídia FJU/RJ