Universal chega ao Líbano

Saiba mais sobre o trabalho de evangelização no país que faz fronteira com Israel, Síria e Chipre

Imagem de capa - Universal chega ao Líbano

No dia 10 de junho foi inaugurada a primeira Universal no Líbano, país localizado na Ásia Ocidental e que faz fronteira com Israel, Síria e Chipre pelo Mar Mediterrâneo, cuja diversidade religiosa – são 18 religiões oficiais – é a maior do Oriente Médio. A população é formada por 54% de muçulmanos, 40,4% de cristãos e 5,6% de drusos.
O país é cenário de acontecimentos relatados na Bíblia. Foi lá que Jesus realizou o primeiro milagre: a transformação da água em vinho. Parte de Caná da Galileia, cidade onde ocorreu o milagre, está localizada no território libanês.
Tiro e Sidom, mencionadas por Jesus no versículo 21 do capítulo 20 do livro de Mateus, também são cidades libanesas. Entre essas duas cidades está Sarepta, lugar em que Elias se refugiou e realizou o milagre na casa da viúva. É também no Líbano que está localizado o Monte Hermon, onde Jesus foi transfigurado, como está registrado nos versículos 1 e 2 do capítulo 17, também no livro de Mateus 17.
Trabalho intenso
O Pastor Steves Dieguez Bravo, de 41 anos, e sua esposa, Ana Luiza Bravo, de 40 (foto a dir.), chegaram ao país há dois anos e, desde então, trabalham com afinco para estabelecer a Universal no local, aliás, um sonho antigo do líder e fundador da Igreja, o Bispo Edir Macedo, conforme ele revelou em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV.
Há 24 anos fazendo a Obra de Deus, o casal já pregou no Brasil, em Portugal, Moçambique, Costa do Marfim, Holanda, Suíça, Luxemburgo e França. Mas é a primeira vez que recebe o desafio de começar o trabalho da Universal em um país. “É uma dependência total de Deus: chegar só com a fé do Alto e a esposa, sem absolutamente nada, olhar para os lados, ver todas as placas em árabe e dizer ‘meu Deus, me conduza’. É muito bom. Posso afirmar que somos outras pessoas”, destaca o Pastor Steves.
Ele conta que se adaptar aos hábitos e ao clima foi muito difícil. No verão, a temperatura chega aos 45° e no inverno cai para -8°. Diferentemente dos outros países pelos quais já havia passado, o Líbano não possui transporte público, a maioria das ruas não tem nome, casas não têm número, o que torna difícil a busca pelo endereço desejado. Existem transportes alternativos, mas não são recomendados pelas autoridades do país. Os serviços de táxi são caros.
Por isso, para que se dirija de um lugar a outro, o casal precisa fazer o trajeto a pé, tendo muitas vezes que andar em média 20 quilômetros por dia. “Nos sentimos, muitas vezes, como na época de Jesus e dos apóstolos, que andavam dias a pé para levar o Evangelho.”
Esforço diário
Em Beirute, capital do Líbano, existem bairros, à primeira vista assustadores e destruídos pelos bombardeios. E, apesar do esforço diário para se recuperar dos prejuízos causados pelos conflitos e de ter que conviver com o perigo iminente, o Líbano é um país ativo e alegre.
O Pastor Steves ressalta ainda algumas diferenças que o Líbano possui: é regido por religiões, possui leis que não existem em nenhum outro lugar do mundo e tem uma língua completamente diferente. Além disso, as pessoas têm uma forma peculiar de se comunicar. Algumas palavras são substituídas por sinais com as mãos, com os olhos ou com as sobrancelhas, o que dificulta a compreensão.
Embora o árabe seja o idioma oficial, 70% das escolas secundárias usam o francês e 30% o inglês. São esses dois idiomas que o Pastor Steves e a esposa usam para evangelizar, mas estão se preparando para aprender árabe. Enquanto isso, quando se deparam com alguém que fala apenas árabe, usam a linguagem da fé.

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Colaborador

Por Jeane Vidal / Fotos: Cedidas