A incredulidade de Ângela diante das dificuldades

A atriz Daniela Escobar fala de sua personagem em Apocalipse

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Os telespectadores da novela Apocalipse, da Record TV, têm acompanhado cenas chocantes que sucedem ao Arrebatamento. Os que não foram arrebatados estão sob domínio de Ricardo Montana, o anticristo, interpretado pelo ator Sérgio Marrone.

Na trama, Ricardo intitula-se líder supremo e deus único e impõe a regra que deve ser adorado por todos. Ele ainda instituiu uma lei a favor da destruição de todas as crenças, religiões e Bíblias do mundo todo, punindo os que descumprirem suas ordens. Com isso, as dificuldades para os que ficaram na Terra são cada vez maiores.

Para garantir os direitos básicos, como água e alimentação, as pessoas precisam aceitar a marca da besta, um chip implantado na mão direita. A marca desperta uma falsa paz e esperança de dias melhores e os que a aceitam já estão condenados ao sofrimento eterno.

Em meio a tantas dificuldades, muitos não conseguem resistir às pressões e, para poder “sobreviver”, acabam cedendo à marca da besta. É o caso da personagem Ângela Menezes. Ex-mulher de Henrique Peixoto (Sandro Rocha) e mãe de Natália (Samara Felippo), a personagem aceitou a marca, incentivada pelo amigo Diogo Ferreira (Freddy Costa).

Suas principais características

A personagem é uma típica cristã que, embora frequentasse a igreja antes do Arrebatamento, vivia uma vida contrária a tudo o que era ensinado.

Em entrevista à Folha Universal, a atriz Daniela Escobar (foto abaixo), que dá vida a Ângela, diz que o erro de sua personagem foi depender da fé alheia. “Defino a Ângela como aquele tipo de pessoa que acredita que só porque é parente de pastor e bate ponto na igreja já está protegida. Aquelas pessoas que, no fundo, nunca questionam a palavra ou não vivem sua própria fé.”

A personagem é divertida e caiu no gosto do público por usar vários bordões a exemplo de “fazedor de inferno”. Sempre se envolveu em fofocas e constantemente reclamava da vida, culpando o ex-marido por sua infelicidade.

As frustrações

Daniela Escobar justifica que as atitudes de sua personagem são fruto das frustrações que viveu. “Ela sempre fez o que esperavam dela, até o momento que o marido teve um caso e a abandonou para se casar com a amante, por interesse. Ângela viveu um choque que não passou, mesmo depois de muitos anos.”

Para a atriz, sua personagem não é uma pessoa ruim, mas uma mulher que, presa ao passado, tornou-se negativa. “Ela não se conforma com o fato de ter sido enganada, não perdoa o ex-marido nem consegue seguir adiante com sua vida. Vive dividida. Só consegue ver o lado ruim de tudo e, por isso, sempre critica tudo e todos, mas sofre por ser assim. Não é má pessoa, mas muito equivocada”, conta Daniela.

Últimos capítulos

Os episódios da trama que foram ao ar recentemente mostraram a ascensão do anticristo e da marca da besta, enquanto muitos abandonavam seus lares, buscando refúgio em abrigos distantes, onde, escondidos, oravam e liam suas Bíblias.

Ângela vê os familiares deixarem a casa em busca de abrigo, mas decide não acompanhá-los. Ela diz não ser forte o suficiente para suportar tantas dificuldades em defesa de sua fé, sua crença. Confusa, ela chega a comparar o anticristo com Jesus.

Mesmo com as tentativas da irmã Laodicéia (Lu Grimaldi) de fazê-la mudar de ideia, Ângela mostra-se incrédula e diz que não serve para ser fugitiva.

A atriz brinca ao dizer que as únicas semelhanças entre ela e a personagem são a voz e a cor dos olhos. O restante é totalmente diferente, inclusive sua fé, algo que a atriz diz ser a base de tudo. “Acredito que a fé move montanhas. Quem tem, quem acredita, é capaz de conseguir o que quiser nessa vida. Quem acredita que pode, que merece, que vai ter, tem, recebe, consegue, realiza. Quem acredita que não merece, que não vai ter, que não é possível, não vai conseguir, ter ou realizar. Tudo depende do que você acredita e de onde coloca o seu foco e a sua energia. A fé é a base”, finaliza a atriz.

Uma atitude “normal”

Logo depois de ter recebido o chip em sua mão, Ângela fica admirada. Ela tem a falsa sensação de que aquela atitude “normal e simples” não era tão ruim assim e passa a se “beneficiar” do uso da marca.

Com o chip, ela vai ao shopping e faz muitas compras, testando o crédito a que a marca lhe dava direito. Sentindo-se realizada e rica, ela diz ter pena da irmã e da filha, que, por não aceitarem a marca da besta, estavam no meio de pessoas pobres.

Mas o que vai acontecer com Ângela, qual será o seu futuro? Não deixe de acompanhar os próximos capítulos de Apocalipse; de segunda a sexta, às 20h45, na tela da Record TV.

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Colaborador

Por Kelly Lopes / Fotos: Munir Chatack