Casos de malária crescem 50% no Brasil

Entenda a doença e como combatê-la

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Quase 200 mil pessoas registraram o adoecimento por malária apenas em 2017. Esse número representa um crescimento de 50% nos casos da doença registrados no Brasil. As maiores afetadas são as cidades rurais, principalmente, no Norte do País.

A malária é uma doença transmitida por um mosquito infectado pelo parasita Plasmodium. Para o inseto ser infectado, por sua vez, ele deve picar uma pessoa que já possua a malária. Ou seja: é um ciclo. A doença só se espalha se menos enfermos são tratados. Por isso, os especialistas acreditam que o crescimento da doença se deve, principalmente, ao menor combate realizado pelos órgãos públicos de saúde entre 2016 e 2017.

Dados do Ministério da Saúde de fevereiro de 2018 registram o crescimento de 48% do número de infectados em relação a fevereiro do ano anterior.

Malária mata?

Sim. Existem dois tipos de malária, a falciparum e a vivax. Na primeira, os sintomas podem se agravar a ponto de causarem anemia grave e resultarem em morte. Isso acontece com cerca de 25% dos infectados.

O tipo mais comum no Brasil, porém, é o vivax, que acomete aproximadamente 90% dos enfermos por malária. Nesse caso, os sintomas se resumem a febre alta, náusea, calafrios, dores de cabeça, tremores e cansaço.

No início, os sintomas são ininterruptos. Em um estágio mais avançado da doença, eles acontecem em ciclos que duram entre dois e três dias.

Como tratar e prevenir

O tratamento consiste em medicação por até 14 dias. Os remédios são encontrados apenas na rede pública de saúde.

Não existem vacinas que previnam a malária. Para se prevenir, o Ministério da Saúde recomenda que se use camisas de manga longa, inseticidas e mosqueteiros nas camas, janelas e portas. Como as pessoas que vivem na região Norte estão expostas ao mosquito, a única forma de impedir que a malária se espalhe é com o tratamento.

Até os anos 1940, a doença se apresentava em todo o Brasil. Com o combate ela foi extinta da maior parte das regiões, limitando-se à região amazônica. Caso o crescimento siga descontrolado, a malária pode voltar a se espalhar.

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Colaborador

Por Andre Batista / Imagem: U.S. federal government