O que a Páscoa significa para você?

O verdadeiro sentido dessa celebração pode ser visto na história de muitas pessoas que viveram prostradas pelos erros que cometeram. Entenda como elas se levantaram, receberam uma nova vida e recomeçaram

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Atualmente, muitas pessoas associam a Páscoa ao forte apelo comercial da data comemorativa. Mais do que uma festa relacionada a ovos de chocolate, ela simboliza a libertação para a conquista de uma nova vida.

A palavra Páscoa vem do hebraico “pessach”, que significa “passagem” ou “passar por cima”. Tudo começou quando Deus instituiu o dia de Páscoa no Egito há cerca de 3.500 anos para marcar a libertação do seu povo de Israel da escravidão.

Naquela ocasião, Deus falou, por meio de Moisés, que toda família deveria passar o sangue de um cordeiro sacrificado na porta de suas casas para serem poupadas da morte quando o “anjo destruidor” passasse levando com ele os primogênitos. Após esse livramento, os hebreus tiveram a oportunidade de ter uma nova vida (veja em Êxodo, 12).

O Bispo Adilson Silva (foto abaixo), responsável pela Universal no Estado de Minas Gerais, conta que esse fato já era uma pré-anunciação da vinda de Jesus Cristo. Deus enviou seu Filho amado para salvar todo o seu povo das transgressões cometidas e, assim, dar-lhes a vida eterna. “Jesus foi o Cordeiro perfeito de Deus, imolado por nossos pecados, para ser a Porta, ou a Única Passagem, para a nossa Salvação”, alega.

Jesus sofreu, foi morto e ressuscitou ao terceiro dia para que todos tivessem a chance de levantar-se para uma nova vida preparada por Deus. Portanto, a Páscoa é a comemoração da vitória que conquistamos sobre os pecados, a morte e, consequentemente, o diabo. Tamanha vitória que o próprio Jesus, assim que morreu, no dia instituído como Sábado de Aleluia, foi até o inferno avisar aos demônios sobre esse triunfo. “Os ensinamentos e os milagres que o nosso Salvador fez neste mundo foram maravilhosos, mas de nada adiantariam se Ele não tivesse Se entregado na cruz. Como também de nada adiantaria Se Ele tivesse morrido, mas não tivesse ressuscitado. Temos na Sua ressurreição não apenas uma data importante no calendário, mas a maior oportunidade de mudança de vida, de recomeço”, explica o Bispo Domingos Siqueira, responsável pela Universal no stado do Espírito Santo.

A hora de se levantar

Graças à entrega do Senhor Jesus, a Páscoa de nossos dias promove a libertação total de nossas vidas. Ela simboliza as pessoas que um dia estiveram aflitas por terem fracassado e conseguiram se levantar, a partir do momento em que creram em Jesus como o Salvador.

“Qualquer pessoa que aceite o Senhor Jesus como Senhor e Salvador se levanta e recebe uma vida nova. Não existe condenação para quem está nEle. Por pior que seja o passado da pessoa, nEle tudo se faz novo. É claro que isso não significa dizer que a pessoa nunca mais vai cometer erros, mas em Jesus nos tornamos justos”, afirma o Bispo Adilson.

Muitas pessoas sentem-se angustiadas e até são marginalizadas pela sociedade por causa de seus problemas. Por isso, têm dificuldades de entender que podem se reerguer. Mas, se deixarem de fazer suas próprias vontades, Deus concede a transformação de suas vidas. “Quando a pessoa deseja conhecer a Deus acima de tudo, isso acaba acontecendo naturalmente. E quem deseja sacrifica suas vontades para isso”, argumenta.

Isso quer dizer que ninguém precisa viver prisioneiro do sofrimento do seu passado. “Deus está pronto para perdoar e ajudar o ser humano nas suas fraquezas. Além disso, na Sua Palavra, há promessas que garantem que no presente vivido com Deus haverá maiores alegrias e honras que todo o período vivido nas transgressões”, justifica o Bispo Domingos (foto abaixo).

Portanto, não importa há quanto tempo você convive com um sofrimento, se perdeu seu casamento, se está doente, se vive se refugiando nos vícios, ou se tem qualquer outro problema. Deus pode lhe levantar e reconstruir sua vida se você assim desejar.

Para crer, é preciso usar uma ferramenta importante: a fé. “Ela é simples, mas extremamente poderosa não só para alcançar a restauração de uma vida destruída, mas para mantê-la salva e em paz. Para tê-la, basta que você creia na Palavra de Deus. Você não precisa ir a um sepulcro vazio para ter a certeza de que o Senhor Jesus ressuscitou. Apenas creia que Ele vive e está aí agora ao seu lado para marcar de forma extraordinária a sua vida”, conclui o Bispo Domingos.

Sentia uma mistura de tristeza e ódio”

A jovem Luiza Ezamara Pereira dos Santos, de 20 anos, envolveu-se com a criminalidade aos 8 anos, por infuência de seu pai, que foi assaltante e traficante. “Minha casa era cheia de criminosos. Por isso, cresci no meio de armas, planejamento de assaltos e drogas.”

Como ele a obrigava a fazer o que ele lhe pedia no dia a dia, Luiza vivia triste e angustiada. “Quando meu pai não estava preso, me pedia para fazer algo e, se eu não fizesse direito, ele me batia.”

A relação dela com a mãe também era muito difícil. “Minha mãe trabalhava muito e então não me dava atenção. Por isso, eu a considerava culpada de todo o meu sofrimento”, alega.

Aos 9 anos, ela teve de conviver com mais um sofrimento: o fato de seu pai ter sido assassinado. Essa notícia a fez se envolver com as ilusões que o mundo lhe oferecia. “Eu sentia uma mistura de tristeza e ódio, um vazio enorme. Eu era muito confusa; uma hora queria uma coisa, outra hora queria outra”, reconhece.

Aos 12 anos, Luiza passou a sentir desejo de suicídio. Ela achava que sua vida estava condenada ao crime para sempre. Aos 13, passou a se automutilar frequentemente para tentar aliviar a dor que sentia. Não satisfeita, começou a passar as madrugadas na rua bebendo e também fazendo uso de drogas, como maconha, ecstasy e cocaína.

“Meus rolês começavam na sexta-feira e ia até domingo à noite. Depois de um tempo passou a ser todos os dias”, conta. Apesar do vazio que sentia, ela era vista pelos colegas como uma menina alegre. “Quando saía era como se eu colocasse uma máscara. Acho que ninguém imaginava o quanto eu não era feliz. Gostava de ser desa? ada. Eu era a que mais bebia, a que mais usava drogas, então aonde eu chegava todo mundo me conhecia”, relata.

Até que um dia ela participou de uma reunião na Universal e entendeu que não precisava mais viver por meio de aparências e podia se livrar de todo o sofrimento. “O pastor chamou a todos que queriam mudar de vida em frente ao Altar e disse para largar tudo, pois Deus não se importava com o que havíamos feito. Então, coloquei todo o lixo que sentia para fora e abri meu coração para Ele”, conta.


Desde esse dia, Luiza passou a praticar os ensinamentos de Deus e recebeu uma nova vida. “Resolvi me lançar nos braços de Jesus e ele me deu a alegria que procurava. Hoje sou cheia da presença de Deus, amo minha família e não vivo de aparências.”

“Me moldei dentro da cela”


O produtor, rapper e compositor Evanes Lourenço da Silva, de 39 anos (foto acima), foi preso diversas vezes pelos crimes que cometeu ao longo de sua juventude. Ao todo, foram 20 penitenciárias do País que abrigaram o rapaz durante 13 anos de prisão.

Ele havia começado cedo a praticar assaltos. “Com 9 anos eu roubava mercados. Com 13, já andava armado. Com 18, fui para o tráfico de drogas e fui preso pela primeira vez.”

Aos poucos, ele acabou se envolvendo com uma organização criminosa, o que o levou a cometer delitos mais graves e a ser levado para presídios de segurança máxima. “Eu era considerado um preso de alta periculosidade. Como alguns presídios não comportavam esse perfil, eu ia parar no de segurança máxima”, argumenta.

Ele era bastante marginalizado pelas pessoas que o rodeavam, inclusive os agentes penitenciários. “Eu me sentia um lixo, porque a vida no crime é um caminho considerado sem volta. Diretores do presídio, a família, os vizinhos e eu, incluvise, não acreditavam na minha mudança”, aponta.

Contudo, um fato o fez mudar de opinião sobre si mesmo. No dia em que ele foi avisado que poderia ser executado dentro da prisão, seus pensamentos quanto ao seu futuro mudaram.

Ele havia sido condenado a 16 anos de prisão e estava prestes a ser transferido de presídio e precisava contar com a ajuda de Deus para não ser condenado à morte. “Na viatura mesmo fechei meus olhos e falei: ‘se o Senhor existe mesmo, me dá uma oportunidade de mudar de vida’”, conta.

Assim que chegou ao presídio, ele escreveu uma carta a sua mãe pedindo uma Bíblia Sagrada e passou a meditar na Palavra de Deus. Entendeu o que Jesus havia feito para também lhe salvar, apesar dos crimes que cometera. “Eu mergulhava nos versículos e me moldei ali, dentro da cela. Então, fui sentindo uma paz muito grande.”

Sua perseverança em buscar a Deus foi tanta que ele recebeu o batismo do Espírito Santo mesmo ainda preso. “Na mesma ocasião, recebi a certeza que iria vencer e recomeçar.”

Hoje, após seis anos de liberdade, Evanes agradece ao que Jesus fez por ele. “Minha vida foi firmada nas Escrituras. Sou casado, fui curado de tudo e tenho uma vida financeira abençoada. Sou grato a Jesus, porque senão eu não estaria aqui”, testemunha.

“Me via completamente cercado pelo vício”

Felipe Affonso Paulini, de 25 anos, foi dependente de álcool e drogas durante oito anos. Ele não precisava se refugiar no vício por causa de problemas financeiros, por exemplo. Ao contrário, tinha uma vida financeira estável em razão do alto poder aquisitivo de sua família. Contudo, o que ele não tinha era paz interior.

O vício começou aos 15 anos quando Felipe buscava suprir um prazer momentâneo. No entanto, para ele, sua atitude era considerada normal. “Eu era empresário de eventos, então aquela vida para mim era comum. Eu pensava que viciado era só morador de rua, aquele que ficava na Cracolândia, etc.”

Mas ele reconheceu que o que vivera foi um tremendo engano. “Me via completamente cercado pelo vício. Se eu fosse convidado para um evento e ali não tivesse drogas, lícitas ou ilícitas, eu nem ia.”

A dependência foi responsável pela ocorrência de crises de epilepsia. “Em qualquer lugar eu apagava e caía, por isso já precisei levar sete pontos no queixo, tive luxação nos dois ombros e até dentes quebrados”, detalha.

Como não via saída para a sua vida, Felipe começou a pensar em suicídio. “A única saída para mim naqueles momentos de angústia profunda e desespero seria acabar com tudo. Aí, pronto, tudo seria resolvido.”

Mas, por meio de sua mãe que buscava a Deus pela transformação dele, há dois anos, Felipe despertou sua fé e se entregou a Jesus. Ele começou a lutar para se livrar da triste história que tinha para se levantar e recomeçar uma nova vida.

Pela fé, ele recebeu a libertação de todo o sofrimento. “Já não tinha mais o desejo de usar drogas, a bebida não descia mais e a vontade de estar em festas passou. Senti nojo de tudo o que eu fazia de errado”, relata.

Em seguida, ele foi batizado com o Espírito Santo e obteve a cura da epilepsia. “Hoje amo estar com minha família, sou empresário no ramo de serviços gerais no âmbito nacional e internacional e, principalmente, servo do Altíssimo. Só tenho mais sede e mais fome de conhecê-Lo”, conclui.

“Pensei: ‘agora minha vida acabou”‘


Ao receber a notícia de que tinha contraído o vírus HIV (Aids), Alice Mara Silva Santos, de 41 anos (foto acima), sentou na calçada da rua em que estava e se derramou em lágrimas. “Pensei: ‘agora minha vida acabou’”. Algum tempo antes, ela havia sido prostituta e também feito uso de drogas.

Seu passado foi marcado por várias situações de sofrimento. Ela tinha traumas desde a infância por ter sido abusada sexualmente por um tio. Além disso, conviveu com o pai alcoólatra e com brigas constantes. “Não tinha referência de família e do que era felicidade.”

Ainda jovem, iludiu-se com as promessas de um rapaz que havia garantido lhe dar a família que ela não tinha. “Ele dizia que ia se casar comigo, me tirou de casa e passei a noite com ele, mas ele me largou em seguida”, se recorda.

Alice engravidou e, para tentar mudar de vida, acabou se envolvendo com um traficante. “Vi nele a facilidade para obter as coisas, porque ele tinha dinheiro e me levava para jantar e para viajar.”

Aos poucos, ela começou a usar drogas. “Após o ato, usávamos cocaína e bebidas. Muitas vezes eles me pagavam em droga, por causa da fissura que era grande.”

Além da doença interior, ela estava doente fisicamente. Fora a Aids, ela tinha nódulos cancerígenos no intestino e tuberculose. “Achava que Deus havia se esquecido de mim. Pensava que eu era a pior das criaturas e que era por isso que eu sofria tanto.”

O auge dos problemas foi após sofrer uma parada cardiorrespiratória. “Fiquei duas horas sem sinal nenhum. Os médicos tinham desistido de tentar me reanimar, mas, ‘do nada’, os sinais voltaram e eles não entenderam o que ocorreu.”

Naquele momento, ela compreendeu que Deus estava lhe dando a chance de recomeçar. Então, Alice buscou a Deus incansavelmente para que Ele a transformasse por completo. Ela já estava frequentando a Universal há alguns anos, mas não tinha se entregado a Jesus verdadeiramente.

Quando ela sacrificou todo o seu eu no Altar, a cura da Aids veio. Há um ano ela recebeu a certeza de sua Salvação. “Me entreguei de fato, me perdoei e persegui a minha Salvação e meu batismo com o Espírito Santo.”

Hoje ela é empresária, casada e feliz. “Perco amizades, parentes, amigos, marido, seja o que for, mas a minha vida com Deus eu protejo com muita força.”

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Colaborador

Por Janaina Medeiros/ Fotos: Fotolia, Demétrio Koch, Mídia FJU e Arquivo Pessoal