O delegado de Apocalipse

Nesta entrevista, o ator Roberto Birindelli fala de seu personagem em Apocalipse

Imagem de capa - O delegado de Apocalipse

A novela Apocalipse, da Record TV, está em uma das fases mais esperadas pelo público. A trama, que exibiu recentemente o dia do arrebatamento, agora mostra os acontecimentos quanto ao fim dos tempos descritos no livro Apocalipse, da Bíblia. Os capítulos enfocam que os que não foram arrebatados tentam desvendar o que aconteceu com milhares de pessoas que sumiram sem explicação.

É o momento em que o anticristo, Ricardo Montana, papel vivido por Sérgio Marone, se faz de bom-moço. Mas, por trás da imagem de líder mundial da paz, existe alguém que deseja dominar o mundo, mesmo que para isso seja necessário dar início à guerra.

Entre os muitos personagens que não têm noção do que está para acontecer no mundo está o delegado Guido Fontes, papel interpretado pelo ator Roberto Birindelli. Para o policial, o sumiço de pessoas por todo o planeta pode ter relação com extraterrestres. No entanto, como delegado, ele continua investigando e buscando provas para ter certeza do que aconteceu com as pessoas que desapareceram.

O delegado

Em entrevista exclusiva à Folha Universal, Birindelli fala que inúmeras pessoas procuram o delegado para que ele investigue o sumiço de seus entes queridos. “É muita pressão, são muitos desaparecidos, a situação está fora de controle e existem poucas explicações viáveis. A polícia investiga os casos a partir de suposições, experiências anteriores, intuições e conjecturas, mas só pode agir com base em fatos e provas, que é como a lei vigente ampara as decisões tomadas pela polícia”, relata.

O personagem

O ator detalha o que fez para dar vida ao personagem. “O Guido é baseado em algumas informações de roteiro e muitas observações pessoais e de outros trabalhos. Já vi muitos delegados em ação em séries e já interpretei esse profissional em filmes. Uma das referências para a novela é a série The Leftovers, que aborda como a sociedade se organiza depois do desaparecimento de 2% da população.”

No início da carreira, Guido foi aprendiz de Luis Sardes (interpretado por Marcelo Argenta) e aprendeu muito com ele. Ele tem grande carinho pelo filho de Luis, o também policial César Sardes (vivido por Fernando Pavão), por conta dessa ligação no passado. Guido se torna uma espécie de mentor de César e se sente na obrigação de zelar por ele, como se fosse seu pai. Contudo, os dois não se entendem quando o assunto é religião.

O delegado, que estuda ufologia (conjunto de assuntos e atividades associados com o interesse em objetos voadores não identificados), acredita que existe vida em outros planetas, já César crê nas profecias do Apocalipse. Guido é o tipo de pessoa que não tem entendimento da Palavra de Deus, tampouco acreditava que algum dia o fim do mundo chegaria.

Trauma

O delegado também carrega um trauma do passado. Ele tentava prender o serial killer Nicanor Duarte (papel do ator Jayme Periard), que já cometia crimes em nome do Apocalipse e que, ao ser investigado por Guido, mata Luis, seu parceiro na época. “Guido se sente culpado pela morte de Luis e, por isso, superprotege César e o trata como filho. Não posso fazer spoilers, mas Guido tomará uma decisão radical em função dessa dor. Aprendi que às vezes o mal deve ser cortado pela raiz, doa a quem doer”, afirma o ator.

Para Birindelli, a novela tem uma missão. “Quando li a sinopse entendi que haveria uma possível narrativa do grupo policial quanto aos acontecimentos. Com ela, o espectador poderia descobrir, com a polícia, o desenrolar da história, mas os caminhos tornaram-se outros. Entendo a novela como uma obra de ficção, cheia de metáforas. Acho que o principal é que estamos vivendo tempos difíceis, de ódio, intolerância preconceitos e perseguições, e estamos retratando isso.”

Para desvendar os segredos e saber o desfecho da trama, fique ligado na novela que vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h45, na tela da Record TV.

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Colaborador

Por Maiara Máximo/ Fotos: Munir Chatack