70 mil reais por um brinquedo erótico

Entenda por que é impossível se livrar da solidão com eles

Imagem de capa - 70 mil reais por um brinquedo erótico

Solidão. De acordo com o dicionário: isolamento, estado ou condição de pessoa que permanece solitária. Já para a empresa Realbotix: uma grande oportunidade para faturar milhões de dólares.

Matt McMullen é o fundador e líder da empresa de brinquedos eróticos Realbotix, uma das maiores do ramo nos Estados Unidos da América (EUA). Segundo ele, as pessoas estão cansadas de sofrerem por amor e a tendência é, cada vez maior, de que elas decidam fugir da solidão, correndo para os braços siliconados dos brinquedos fabricados por sua empresa.

“Eles querem segurar as mãos, ganhar um abraço quando chegam em casa”, relatou McMullen ao jornal britânico Daily Mail. “Eu coloquei 20 anos da minha vida e milhões de dólares do meu próprio dinheiro nessa empresa e eu posso garantir que sexo não é a maior razão pela qual as pessoas compram a boneca Harmony [principal produto da empresa]. Essa relação é sobre companheirismo. Por alguma razão, algumas pessoas não conseguem se conectar a humanos.”

Por isso, os robôs criados por McMullen falam, piscam e têm a aparência impressionantemente similar à de humanos. Esses robôs decoram rostos, nomes e gostos e chegam a custar 16 mil libras (o equivalente a 70 mil reais). Afinal, McMullen não dedicou “20 anos de sua vida e milhões de dólares” apenas por filantropia. Como qualquer empresa, ele busca o lucro.

Ganhando sobre o sofrimento

“Olá, humanos. Meu nome é Harmony. Meu objetivo é ser a companhia perfeita”, declara um robô com aparência de mulher criado por McMullen. Ela pode ter a personalidade moldada por seu dono, o que auxilia na mentira de estar vivendo um relacionamento de verdade.

Em 2018, o objetivo do empresário é colocar no mercado robôs com aparência masculina, já que até agora apenas bonecos femininos eram vendidos. No primeiro domingo de 2018, McMullen informou: “Nós estamos trabalhando duro nesse projeto. Nossas criações são mais do que bonecos eróticos, são companhias”.

Mas será que são mesmo?

Deus criou o sexo como ato de intimidade máxima entre um homem e uma mulher. É isso o que explica o escritor Renato Cardoso, autor do livro “Casamento Blindado 2.0: O Seu Casamento À Prova de Divórcio”. De acordo com ele, “o ato conjugal, conforme idealizado por Deus, é o ápice do conhecimento mútuo entre o homem e a mulher. É o encontro e a troca de corpos, almas, e espíritos”.

Imagine, porém, uma situação em que a pessoa se entregue fisicamente e espiritualmente a um objeto sem vida. Ela está colocando ali todos os seus sentimentos, todo o seu ser. Em troca nada pode receber, afinal, objetos não têm espírito. O sexo, então, deixa de ser um “encontro” e passa a ser uma entrega sem ganhos.

Cardoso afirma que o sexo, como Deus o fez, “é a entrega total de um para o outro, com o intuito primordial de colocar o prazer da outra pessoa em primeiro lugar”. Mas, com um brinquedo erótico, o único prazer buscado é o da própria pessoa. E o pior: esse é um prazer inalcançável. Por mais que possam existir alguns instantes de falsa alegria, ela logo se dissipará, dando lugar outra vez à solidão.

Essa solidão que a empresa Realbotix e muitas outras prometem exterminar é capaz de invadir cada vez mais a vida das pessoas e destruí-las. Quem se entrega a esses brinquedos eróticos não pode esperar receber amor em troca, simplesmente porque plástico e metal não têm amor para dar.

Se você está vivendo em um momento de solidão e tem o objetivo de construir um relacionamento verdadeiro, participe da Terapia do Amor, que acontece às quintas-feiras, na Universal. Essa palestra é direcionada tanto aos casais quanto aos solteiros. Ali você descobrirá como ter uma vida amorosa completa e abençoada por Deus.

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Colaborador

Por Andre Batista / Imagem: Divulgação