Fuja das velhas dívidas

A importância de organizar as finanças para não ficar no prejuízo neste novo ano

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O Ano-Novo chegou e, com ele, a vontade de renovar as esperanças e estabelecer metas para alcançar os objetivos desejados. Mas gastos como pagamentos de IPTU e IPVA, material escolar, entre outros compromissos, podem comprometer o orçamento familiar e colocar os sonhos em segundo plano.

É diante desse cenário que muitos consumidores ficam com o crédito negativado, de acordo com um estudo realizado pelo Serasa Experian e divulgado em novembro de 2017. O número de inadimplentes chegou a 61 milhões de brasileiros e as dívidas com bancos e cartões de crédito representam a maior parcela para eles.

Antes de entrar em desespero com as contas que não param de chegar, é preciso reunir a família e fazer uma análise de resultados, que são os sonhos alcançados no ano que passou e aqueles que ainda estão a caminho. É o que defende Reinaldo Domingos, mestre em educação financeira, escritor, terapeuta financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira. “Priorizar os sonhos é o segredo para que uma família seja próspera e feliz”, afirma.

Ele explica que os sonhos individuais e coletivos devem ser usados como estímulo para poupar e que a razão de muitos estarem endividados é a falta de objetivos, o que leva muitas pessoas a gastar sem planejamento.

Para quem está com dívidas no cartão de crédito, Reinaldo esclarece que a solução pode ser a procura pelo crédito consignado, para não ficar sujeito aos altos juros, além de contatar o banco ou instituição financeira que ofereça melhores condições para liquidar a dívida. Confira, ao lado, outras dicas do profissional.

Confira dicas para poupar e realizar os seus objetivos em 2018

1º Passo: reúna a família, inclusive as crianças, para estabelecer sonhos e propósitos que queiram realizar no novo ano: brinquedos, reforma da casa, viagem, troca do carro, etc. Depois, classifique os sonhos em: curto prazo (até 1 ano), médio prazo (5 a 10 anos) e longo prazo (acima de 10 anos). Alguns sonhos estarão fora da realidade da família naquele momento, porém não podem ser descartados. “É preciso ter uma visão a longo prazo. O que não será possível em 2018, por exemplo, poderá ser realidade em 2028, basta que haja planejamento”, acrescenta Reinaldo Domingos.

2º Passo: saiba quanto custa cada sonho. É nesse momento que a família começa uma faxina financeira, que significa reduzir os gastos em excesso, considerando os sonhos como agentes motivadores. Reinaldo pontua que uma família gasta, em média, de 20% a 30% do orçamento em desperdícios. “A criança, por exemplo, pode ser motivada a reduzir o tempo no banho, o que gera a possibilidade de ter o brinquedo desejado. É uma moeda de troca literalmente”, revela.

3º Passo: faça um diagnóstico financeiro, registrando tudo o que é gasto em 30 dias, inclusive as pequenas despesas, como o cafezinho. A intenção não é ficar escravo do papel, mas fazer um diagnóstico do orçamento para que se estabeleça uma meta de redução. Ao final de 30 dias de registro, você se surpreenderá e perceberá que os pequenos valores fazem uma grande diferença. Dessa forma, identificará os excessos que poderão ser eliminados. A partir desse resultado, a família poderá adotar um novo modelo econômico: os sonhos como prioridade. “Os sonhos como válvula de impulso na economia também podem trazer resultados no âmbito profissional. Gastando menos, você terá mais condições de poupar e realizar seus sonhos”, declara o escritor.

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Colaborador

Por Kelly Lopes / Foto: Fotolia