Você sacrificou no Altar. E agora?

Confira quais devem ser suas atitudes depois de obedecer e fazer a sua entrega a Deus

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Você atendeu à Voz de Deus, foi obediente a Ele, despojou-se de suas vontades e entregou-se por completo em Seu Altar, sacrificando o seu “eu” em favor das promessas dEle. O que fazer agora?

Em primeiro lugar, é necessário conter a ansiedade ao pensar no momento em que receberá as bênçãos que tanto deseja. Ela traz inquietação e, consequentemente, facilita o surgimento das dúvidas em relação ao cumprimento das promessas.

A Bíblia diz que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem” (Hebreus 11.1). Sendo assim, não é necessário ficar angustiado com o que virá, como afirmou o Bispo Edir Macedo em seu blog. “Para que ficar ansioso? Se Deus é conosco, nos ajudando e trabalhando para nós, nada nos impede de continuar avançando e fazendo a nossa parte, independentemente do que vier pelo caminho.”

O problema é que muitas pessoas têm pressa em ver o resultado de seus sacrifícios e, por isso, acabam desistindo de perseverar com Deus. Contudo, é preciso entender que a resposta chegará de acordo com o tempo e a vontade dEle.

Em uma reunião no Templo de Salomão, em São Paulo, o bispo Clodomir Santos explicou que a preocupação atrapalha a fé. “Mesmo aqueles que se julgam de Deus e da fé acabam se perdendo quando vivem em função de coisas e pessoas”, disse.

Isso não quer dizer que você possa se acomodar. Ao contrário, Deus quer vê-lo se sacrificando o tempo todo, tendo a atitude de se entregar a Ele diariamente. É preciso continuar lutando. “Se você plantou, agora tem que cuidar. Não se pode esfriar na fé, tampouco esperar que Deus faça uma mágica para responder”, disse o bispo Clodomir.

Os heróis da fé, por exemplo, sacrificavam na certeza da resposta de Deus, mas depois lutavam fisicamente contra seus inimigos. Hoje, da mesma forma, é preciso lutar contra os problemas após a entrega do sacrifício no Altar para alcançar seus objetivos.

Entretanto, é preciso entender que os sonhos serão realizados se você tiver feito a vontade de Deus. “Tem coisas que Deus ainda não respondeu, porque não compete a Ele que aconteçam, mas a nós mesmos”, apontou o bispo Clodomir.

Ele exemplificou com a parábola do rico insensato que pediu que Jesus interferisse em sua herança na disputa financeira da família. Jesus, vendo sua avareza, negou seu pedido. (Lucas, 12.13-21). “Neste caso, o homem rico estava pedindo mais do que lhe era direito. Então, Jesus o fez ver que o coração dele estava apegado àquilo”, ilustrou.

Da mesma forma, as pessoas que buscam apenas as bênçãos materiais acabam se decepcionando. “A vida do homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. Quem vive em função disso se frustra”, complementou o bispo.

Então, depois de ter feito o sacrifício no Altar, avalie se ainda há algo que precisa ser corrigido para que seja feita a vontade de Deus em sua totalidade. Por exemplo, se ainda precisa perdoar alguém, faça isso. Se tiver que largar um pecado, não perca tempo e tenha essa atitude, para que se conserte com Deus.

Confiar sem duvidar

Enquanto persevera, é preciso estar confiante, com a certeza de que a bênção chegará, como está escrito: “Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hebreus, 10.35-36).

Você poderá notar que as adversidades continuarão ou até aumentarão depois do sacrifício. Mas não permita que elas lhe façam duvidar da resposta de Deus. “O diabo não está preocupado com sua vida física, financeira, familiar. Ele usa meios, cria situações e problemas para diminuir a nossa fé. Então, tem que estar com a fé em desenvolvimento e não ficar duvidando, caído, prostrado, desesperado”, comentou o bispo Clodomir.

Se você der atenção aos problemas, tiver qualquer receio ou sentir o peso do sacrifício, certamente colocará em risco o cumprimento das promessas dEle, como aconteceu no passado com o povo de Israel no deserto.

Depois de ter saído do Egito, muitos começaram a olhar para trás e a recordar do local em que viviam. Alguns até começaram a sentir saudade da comida do tempo da escravidão (Números 11.4-6). Isso fez com que ficassem pelo meio do caminho e não alcançassem a Terra Prometida por Deus.

O bispo afirmou que a falta de confiança em Deus mostra que a pessoa está dividida com relação à sua fé. “Os porquês e as murmurações provam que o coração da pessoa não é totalmente de Deus e que a vida dela não está toda no Altar. Então, ela tem uma fé insegura, fraca, débil.”

Por outro lado, a confiança aliada à fé faz Deus agir. “Quando a pessoa confia e não se entrega ao desânimo, Deus age. O poder de Deus não está limitado ao tempo. Deus não demora, somos nós que demoramos em crer e confiar”, ressaltou.

O mais importante, agora, é continuar com o mesmo espírito do sacrifício e seguir obedecendo à Voz de Deus e aos Seus ensinamentos.

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Colaborador

Por Janaina Medeiros / Fotos: Fotolia