Com a banca toda?

Mulheres que "ditam as regras" além dos limites podem ter sérios problemas

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Uma cidade onde as mulheres mandam e os homens obedecem. Não se trata de um enredo de novela, mas, sim, de uma proposta, no mínimo inusitada, que surgiu na cidade de Chongqing, na China, em 2006.

A ideia se concretizaria mais precisamente na vila de Longshuihu, cujo tamanho de 2,3 quilômetros quadrados teria espaço mais do que suficiente para exibir o letreiro com os seguintes dizeres: “as mulheres sempre têm razão e os homens nunca deveriam rejeitar seus pedidos”, segundo afirmou o diretor do Escritório de Turismo do distrito de Shuangqiao, Li Jigang. Na época, estimou-se que seria necessário desembolsar um valor de pelo menos US$ 26 milhões (aproximadamente R$ 84,3 milhões, na cotação atual) para tirar a ideia do papel.

Vale citar que os homens que ousassem desobedecer essa ordem ficariam à mercê de multa e medida disciplinar aplicada pela administração local (formada por mulheres, obviamente).

Última palavra

Essa sugestão de 2006 vem ao encontro de algo também presenciado nos dias atuais, talvez até com mais força: a necessidade de as mulheres se posicionarem e tomarem as rédeas. “Só que, ao mesmo tempo, muitas mulheres estão se tornando agressivas e mandonas, a ponto de intimidar os homens”, como menciona a apresentadora Cristiane Cardoso em seu blog. Ela expõe ainda que muitas perderam algo que é inerente e tão bonito nelas: a feminilidade. “Não podemos pegar tudo o que a mulher conquistou e achar que agora não precisamos mais de nossa essência feminina”, completa Cristiane.

Para a escritora Nanda Bezerra, autora das publicações Mais Linda em 40 Dias: Dicas de Beleza para o Espírito, a Mente e o Corpo e 40 Segredos que Toda Solteira Deve Saber, “muitas vezes, a mulher pensa que tem o direito de ficar mandando na vida do outro, tomar o controle de certas situações, ficar dando palpites não requisitados e até mesmo enraivecidas quando eles não são aceitos, o que não é certo”.

O que um estudo revela

Um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha em mais de 44 cidades brasileiras, em 2013, com 800 homens casados mostrou que 71% deles admitem que as mulheres têm grande poder de decisão. Muitos revelaram, inclusive, que evitam contrariar as opiniões delas, provavelmente para a conversa não acabar com o anúncio da Terceira Guerra Mundial.

Como deixar esse rótulo

Nesse tipo de situação, ambos acabam prejudicados, relacionamentos ficam desgastados e a pessoa que tende a ser controladora acaba perdendo muito porque não consegue alcançar uma expectativa que idealizou dentro de si mesma.

Mas é possível deixar o rótulo de mandona para trás. Basta procurar se autoconhecer. Comece se perguntando qual é o motivo para adotar essa atitude. Seria por medo de perder o controle? Uma tentativa de negação de uma insegurança? Ou por que não sabe lidar com a situação?

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Colaborador

Por Flavia Francellino / Fotos: Fotolia