De braços abertos aos haitianos

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Depois do terremoto que devastou o Haiti, país localizado na América Central e considerado um dos mais pobres do mundo, cerca de 65 mil haitianos chegaram ao Brasil entre 2011 e novembro de 2015, à procura de emprego e de uma vida melhor. Alguns com a família, outros deixaram mulher e filhos para trás. A tragédia deixou cerca de 200 mil mortos e 1 milhão de desabrigados.

Na cidade de São Paulo, a maioria deles se concentra no bairro do Glicério, entre pensões e albergues, engrossando a população discriminada e sofrida no País.

No que tange à assistência e aos esforços dos governos e entidades para ajudá-los na elaboração de carteiras de trabalho e documentos, a Universal tem também feito o seu papel, assim como orienta a Palavra de Deus:

“Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me.” (Mateus 25:35)

Conforto espiritual ajuda a suportar a saudade de casa e dá alento à alma nos momentos difíceis. Muitos desses haitianos já frequentavam o Templo na Baixada do Glicério, mas, por conta da dificuldade de entender o português, pouco aproveitavam da Palavra de Deus que era passada. Há cerca de dois meses, o pastor Cleubert Tomaz, que fala fluentemente o francês — língua usada pelos imigrantes — e sua esposa, Milaine Tomaz, vieram de Minas Gerais, onde desenvolviam a Obra de Deus, para reforçar o trabalho com os haitianos da região.

Assistidos por uma equipe engajada, esses imigrantes têm aula de português, dadas por obreiros que falam francês e crioulo (outro idioma deles, essencial para uma comunicação mais eficaz).

Em novembro, o trabalho ganhou mais reforço: o pastor haitiano Wilson Raimes, que dará a Palavra em crioulo. A Obra tem surtido tanto efeito que o grupo de evangelização também já conta com haitianos, que fazem parte da Igreja.

Trabalho x efeito

As palavras do já evangelista Kesly Belery, 29 anos, resumem bem a importância desse trabalho: “Cheguei à Universal depois de ter passado por várias outras denominações e vi uma grande diferença na preocupação em saber o estado das pessoas, nos atendimentos, no cuidado e também na maneira fervorosa de expressar a fé. Aprendi a servir a um Deus que realmente é o mesmo da Bíblia, que faz a nossa fé funcionar de verdade”.

Todo o trabalho — que envolve evangelização, escola, reuniões — vai ser transferido para um novo endereço, onde, em um futuro próximo, estará funcionando uma Igreja somente para haitianos.

Enquanto a mudança não ocorre, as reuniões são feitas terças e quintas às 19 horas nas pensões, às quartas e sextas, às 20h, e domingos, às 9 horas, na rua Conselheiro Furtado, 1.242, no bairro da Liberdade, em São Paulo.

Segundo o pastor Cleubert, “todos da Igreja estão honrados e cientes de tamanha responsabilidade que temos de levar o Reino de Deus até esse povo carente de tantas outras coisas, mas, principalmente, carentes da fé que funciona e transforma vidas”.

A Palavra na língua natal e a visita ao Templo

Recentemente, houve uma concentração com mais de 170 haitianos na Universal com a presença do bispo Eduardo Bravo e do bispo Carlos Alberto. Neste dia, a pregação foi feita em francês e os participantes puderam cantar e louvar a Deus na sua língua natal (assista ao vídeo clicando aqui.)

No domingo, 12 de novembro, um grupo de haitianos visitou o Templo de Salomão e ficou deslumbrado com tanta beleza e grandiosidade.

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Colaborador

Por Maria do Rosário / Fotos: Cedidas pelo grupo