Quais as vantagens da portabilidade de crédito?

Confira dicas e orientações sobre a possibilidade de transferir o seu financiamento para outras instituições financeiras

Imagem de capa - Quais as vantagens da portabilidade de crédito?

Você sabe que existe a opção de liquidar a sua dívida pagando juros menores? Há uma chance significativa de renegociar os valores e ajustar o débito de acordo com o seu orçamento.

Isso pode ser feito com a portabilidade de crédito, que já existe há quatro anos, mas se consolidou em 2017. Trata-se da possibilidade de transferir suas dívidas de uma instituição financeira para outra que cobre juros mais acessíveis.

Por exemplo: se você está pagando o financiamento de um carro no banco A, você pode transferir a dívida para o banco V, que vai zerar o seu financiamento com o A e fará um novo contrato.

As vantagens dessa transferência incluem juros menores, redução no valor das parcelas e até mesmo a junção de várias dívidas em um único contrato.

O consumidor pode realizar a portabilidade de crédito das modalidades: financiamento de veículo, crédito imobiliário, crédito consignado, crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito. Isso pode ser feito em bancos, instituições financeiras e até mesmo fintechs (bancos digitais) que ofereçam produtos de financiamento e empréstimo.

Como fazer?

O banco em que você tem a dívida não pode se recusar a zerar os débitos ou fazer a portabilidade. A questão é saber escolher bem a instituição para a qual você vai transferir a dívida, pois ela não é obrigada a aceitar a portabilidade.

A especialista em educação financeira Cíntia Senna lista os cuidados necessários na hora de escolher a instituição.

– Compare os juros dos bancos específicos para o seu tipo de dívida, por meio do site do Banco Central: www.bcb.gov.br. Vá ao link Taxa de Juros de operações de crédito, clique em Ver taxas e verifique o índice para a modalidade de crédito (Pessoa física) que você contraiu.

– Conheça o Custo Efetivo Total (CET) da sua dívida, ou seja, o total de juros, o imposto sobre operações financeiras (IOF) e taxas de análise de crédito. O banco ou instituição em que você tem a dívida é obrigado a lhe fornecer esses dados. Na sequência, faça uma simulação na nova instituição e compare.

– Avalie também o número de parcelas oferecidas pelas instituições.

– Tome cuidado com golpes ou armadilhas para não fazer ainda mais dívidas. Ao realizar a portabilidade, fique atento para que o valor assumido na nova instituição seja igual ao valor devido na instituição anterior. A nova instituição financeira vai gerar um contrato informando a nova taxa de juros. Se você deve R$ 30 mil no banco A, vai dever o mesmo no banco B.

Muita calma

Para Cintia Senna, é preciso avaliar com calma antes de optar pela portabilidade de crédito. “Analise o motivo de não estar conseguindo pagar. Considere se você quer juntar várias dívidas em uma só ou se quer reduzir o valor das parcelas porque elas não cabem no seu orçamento.”

A especialista aconselha a não fazer novos empréstimos no momento em que desejar fazer a portabilidade. Por fim, lembre-se de que o fato de simular um financiamento não o obriga a fechar o acordo imediatamente. Compare, avalie e nunca assine um contrato sem estar ciente do que se trata, mesmo que a sugestão seja feita pelo seu gerente.

imagem do author
Colaborador

Por Katherine Rivas / Foto: Fotolia