“Estava condenado à morte”

Arlindo Xavier adquiriu uma bactéria que corroeu os músculos e nervos da perna. Mesmo com a vida em risco, ele não perdeu a fé

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Durante uma consulta de rotina, o eletricista Arlindo Xavier (foto ao lado), de 49 anos, recebeu indicação médica para realizar um procedimento vascular e tratar das varizes da perna. Arlindo acatou a recomendação e deu andamento à cirurgia.

Dois dias após o procedimento, a perna começou a inchar, mas Arlindo não se importou. Não demorou para que ele passasse a ter febre, dificuldade para respirar e muita dor na perna direita.

A esposa, Marcela Xavier, o levou para o hospital, onde ele foi internado com embolia pulmonar – quando a veia ou a artéria do pulmão fica bloqueada por um coágulo.

“Fiquei três dias com dores insuportáveis. A minha pele parecia que estava rasgando, sentia como se os meus ossos estivessem triturados. Foi descartada a embolia pulmonar e os médicos não sabiam a causa de tanto sofrimento”, conta Arlindo.

O lado direito do corpo dele se encheu de manchas vermelhas e ficou paralisado.

Depois de três dias internado, descobriram que ele tinha adquirido três tipos de bactérias hospitalares. A situação dele só piorava. Além do sofrimento, ele ainda foi informado de que uma das bactérias provocava um alto índice de mortalidade.

“Minha esposa foi chamada pela equipe médica, que a informou da necessidade de cirurgia, pois a bactéria estava se alastrando para todo o corpo. O médico disse que eu tinha menos de 10% de chance de sobreviver. Foi pedido que a família fosse comunicada, porque não existia garantia do meu retorno com vida. Eu estava condenado à morte”, lembra.

A bactéria estava corroendo os músculos e nervos de Arlindo. Ele estava na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) à base de morfina, por conta das dores insuportáveis. Para impedir o avanço da bactéria, os médicos colocaram 18 drenos no corpo de Arlindo. Em um determinado momento, a única solução encontrada pelos especialistas para salvar a vida dele foi a amputação da perna.

Ele já frequentava a Universal há 20 anos e, diante daquela situação, não aceitou ficar sem a perna. Arlindo confiou em Deus e tinha certeza de que o seu corpo seria restaurado.

Sua esposa, Marcela, que também compartilhava da mesma fé, dedicou-se a participar das reuniões de cura. Arlindo, que permaneceu em orações, decidiu que não iria amputar a perna. O quadro de saúde dele começou a progredir, contrariando o que os médicos haviam dito.

“Eu tinha certeza que venceria aquela situação. O meu Senhor me resgatou da UTI onde eu estava condenado. Nos apegamos ainda mais a Deus e às orações”, diz. Como a perna ainda estava com uma ferida grande e aberta, Arlindo ainda corria o risco de infecções. Mas ele conseguiu a ajuda de novos especialistas para recuperar sua perna.

Arlindo recebeu um enxerto na perna, que se recuperou aos poucos. Depois de 74 dias internado, ele recebeu alta. “Às vezes, algumas situações difíceis de entender acontecem na nossa vida, mas Deus sempre esteve e está comigo, nos momentos bons e ruins. Em nenhum momento eu e minha esposa deixamos de crer ou questionamos os motivos dEle.”

Hoje, Arlindo é uma pessoa saudável, faz as suas atividades normalmente e tem uma fé ainda mais sólida do que antes.

O perigo das bactérias

Um estudo realizado pelo governo britânico, em 2016, mostrou que as bactérias resistentes a antibióticos vão causar mais de 10 milhões de mortes por ano após 2050. Atualmente, 700 mil pessoas morrem no mundo todos os anos vítimas de bactérias resistentes.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aproximadamente 10% dos pacientes hospitalizados no Brasil adquirem infecções por bactérias em consequência de procedimentos invasivos ou de medicamentos imunossupressores

Muitas pessoas fazem e recebem orações para
tratar doenças incuráveis nas reuniões de cura e libertação da Universal. As
correntes acontecem todas as terças-feiras, em todo o Brasil. Veja o endereço
da Universal mais próxima em
universal.org/enderecos.

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Colaborador

Por Michele Francisco / Fotos: Arthur Xavier