Tenista é expulso de Roland Garros por assediar repórter

Ao vivo pela televisão, Maxime Hamou abraçou, prendeu e beijou jornalista contra a vontade dela

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O tenista francês Maxime Hamou, de 21 anos, foi expulso do torneio de Roland Garros, considerado por muitos a mais importante competição da modalidade. Isso porque, no dia 29 de maio, ele assediou uma jornalista, também francesa, chamada Maly Thomas.

Hamou tirava fotos com fãs quando Maly, ao vivo, foi entrevistá-lo. Logo no princípio, o tenista abraçou a repórter, puxando-a para junto de si. A seguir, tentou beijá-la, fazendo-a se contorcer para fugir dos beijos. Ao verem isso, os apresentadores que estavam no estúdio riram e aplaudiram. Hamou não soltou a jornalista em nenhum momento. Para se livrar da situação, Maly precisou lutar contra o abraço do tenista.

A punição veio após as muitas reações do público, criticando o atleta e a equipe de tevê que deu risada, em vez de defender a jornalista. Diante da grande repercussão do caso, a Federação Francesa de Tênis anunciou que o tenista deveria se retirar do torneio imediatamente.

Ao jornal Huffington Post France, a jornalista declarou: “Se eu não estivesse ao vivo, eu teria dado um soco nele.”

Não permaneça em silêncio

Como pedido de desculpas, Maxime Hamou afirmou que não queria ofender ninguém e estava apenas sendo extrovertido. Ele alegou ter aprendido a lição e que a situação não se repetirá. Desculpas parecidas com a do cantor Biel, quando agressão semelhante a uma jornalista foi atribuída a ele.

Um comportamento desse tipo não deve, nunca, intimidar uma mulher. Ao contrário, até que atitudes como essas deixem de existir, a mulher deve sempre reagir, lutando pelo respeito que merece. É o que afirma a escritora Cristiane Cardoso, autora do livro “A Mulher V“, em seu blog:

“Toda vez que me sinto atacada pelo mal, eu redobro as forças na minha luta contra ele. E vai ser assim enquanto ele vier contra mim. Uma atitude que não me deixa cair no estado de vítima, mas sim de guerreira – isso me faz bem. Porque mesmo que o problema esteja bem na minha cara, ele não me faz chorar, pelo contrário, eu reajo de uma forma construtiva para acabar com ele.”

Qualquer homem que desrespeite uma mulher merece sofrer as consequências pelo abuso. E quem sofre esse tipo de agressão não pode permanecer em silêncio.

“O segredo é reagir, é não segurar tudo que lhe é jogado na cara; pelo contrário, tem que se levantar e guerrear de uma maneira construtiva”, explica Cristiane.

Para entender mais sobre o tema, clique aqui e leia a opinião completa de Cristiane Cardoso.

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Colaborador

Por Andre Batista / Imagem: Reprodução Instagram @hamou_maxime