7 frases que destroem a autoestima do seu filho

Se você costuma falar uma ou mais delas, saiba que está contribuindo para torná-lo um adulto complexado e inseguro

De acordo com a psicologia, a personalidade de um indivíduo é formada nos primeiros 7 anos de vida dele, e os pais são os principais responsáveis pela construção dela. É deles a responsabilidade de transmitir à criança valores morais e éticos, como educação, respeito e honestidade.

Os pais são as principais referências para a criança, por isso, a importância de darem bons exemplos, pois as atitudes e comportamentos deles, positivos ou negativos, certamente irão influenciar na formação do caráter do filho.

Da mesma forma as palavras, negativas ou positivas, dirigidas à criança poderão ajudar ou prejudicar a construção da autoestima e da autoconfiança dela. Existem algumas frases que são verdadeiras bombas, capazes de destruir completamente a autoestima dos filhos.

Relacionamos aqui 7 dessas frases, para que você que é pai ou mãe e tem o hábito de falar alguma delas, entenda que, quando faz isso, mesmo que sem intenção, está contribuindo para que o seu filho se torne um adulto fraco emocionalmente, inseguro e complexado. E você não quer isso, quer?

Veja:

1 – “Você nunca faz nada direito” ou “Você faz tudo errado”

Primeiro é impossível o seu filho, ou qualquer outra pessoa, “nunca” acertar. Alguns têm mais dificuldades, outros menos, mas todos podem e vão acertar em algum momento, é só uma questão de aprendizado, e para isso ele precisa se sentir capaz.

Quando você diz qualquer frase parecida com essa para o seu filho, faz com que ele se sinta incapaz e, aí sim, ele sempre terá dificuldade para realizar qualquer coisa, pois se os próprios pais, as pessoas mais importantes na vida dele, que são suas referências e que deveriam ser os primeiros a incentivá-lo e encorajá-lo, não acreditam nele, então ele tomará isso como uma verdade e, consequentemente, nunca vencerá as próprias limitações.

2 – “Por que você não é como o seu irmão?”

Comparações nunca devem ser feitas, nem com irmãos nem com um amiguinho ou quem quer que seja. A criança deve ser respeitada na sua individualidade. Ninguém gosta de ser comparado, nem você, por que então fazer isso com o seu filho? Além de fazê-lo se sentir inferior e menosprezado, quando faz isso com um irmão, por exemplo, está criando um clima de rivalidade, inveja, ciúmes e competição entre eles. É bom lembrar que foi por causa da inveja e dos ciúmes que os irmãos de José tinham dele que eles o venderam como escravo.

“Comparar não melhora o comportamento da criança, pelo contrário, só piora, pois ela se sente tão mal que não tem vontade de mudar e ser melhor. Talvez você pensa que está ajudando o seu filho, mas está atrapalhando”, alerta a escritora Tania Rubim, em seu blog.

3 – “Você é gordo / feio / burro”

Ou qualquer adjetivo pejorativo.

Como já dissemos, os pais são as pessoas mais confiáveis para a criança, elas acreditam em tudo que você diz, então, se você o chamar de feio ou burro ou qualquer outra coisa, ele realmente vai acreditar nisso. Sendo assim, porque não ressaltar as suas qualidades? Faça isso e verá como ele se sentirá estimulado a melhorar cada vez mais.

4 – “Eu tenho vergonha de você”

A não ser que você queria que o seu filho se sinta um estorvo em sua vida, alguém inadequado e que só lhe traz desgosto, nunca diga isso. Terá um efeito destruidor na autoestima dele. Se ele costuma fazer birra em público, talvez esteja apenas querendo a sua atenção. Separe um momento do dia apenas para dar atenção a ele. Brinque com seu filho. Enfim, faça-o se sentir importante para você.

5 – “Eu queria que você nunca tivesse nascido”

Essa frase é de uma crueldade extrema. A criança precisa se sentir amada, ela precisa saber que, independentemente do que ela faça, os seus pais sempre irão amá-la e protegê-la. Ouvir isso deles fará com que tenha problemas de aceitação por toda a vida. Tania Rubim, ressalta que, às vezes, no momento da raiva, a mãe acaba falando coisas das quais se arrepende depois, mas vale lembrar que depois que as palavras saem da sua boca, não tem como fazê-las regressar.

6 – “Não te amo mais”

Não é porque o seu filho diz isso quando você não faz a vontade dele que você vai agir da mesma forma quando ele não lhe obedece. Não queira se igualar ao nível de maturidade emocional dele. Você sabe que quando ele diz isso não tem nem sequer noção do que está dizendo. Tanto é que 10 segundos depois ele está pedindo colo ou dizendo que ama você, diferentemente de quando ele ouve isso da mãe ou do pai. Não tenha dúvidas de que ele vai acreditar e o prejuízo no desenvolvimento emocional dele será enorme.

7 – “Não chore, não é nada sério”

Não menospreze as emoções, os sentimentos do seu filho. Em vez de minimizar o que ele está sentindo, procure conversar, entender a razão do medo, da tristeza, e ajude-o a superar e a administrar as decepções e frustrações. Para os adultos pode ser uma besteira, mas para as crianças não é. Respeite.

A escritora aconselha todas as mães a tomarem cuidado com as palavras. “Como mãe, a sua palavra tem autoridade na vida de seus filhos. Sendo assim, nunca jogue pragas ou os amaldiçoe. Em vez disso, use o poder de suas palavras para abençoá-los. O futuro de seus filhos depende em grande parte do que você determina para a vida deles.”

Quer aprender mais sobre a relação entre pais e filhos? Participe da Transformação Total de Pais e Filhos, que acontece todos os domingos, às 18h, no Templo de Salomão.

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Colaborador

Por Jeane Vidal / Foto: Thinkstock