Egoísmo no casamento

Pensar só em si mesmo pode atrapalhar a vida conjugal. Veja como mudar esse comportamento

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O casamento é uma relação que exige confiança e lealdade. Nele, o casal passa a dividir a vida e, consequentemente, procura realizar em conjunto planos e atividades. Entretanto, se um dos dois não estiver disposto a assumir essa parceria, vai fazer muitas coisas sem consultar a opinião do outro. E o hábito de colocar suas vontades sempre em primeiro lugar pode ser prejudicial à relação.

Se você não se importa com os interesses de seu companheiro, toma decisões sozinho, não escuta o que ele diz, não divide o que compra ou nunca se esforça para fazer algo por ele, então você é uma pessoa egoísta. E a origem desse comportamento pode estar ligada ao fato de muitos desejarem casar para suprir suas necessidades e preencher uma parte que falta em sua vida, como explica a psicóloga e coach Daniela Knapp.

“O egoísmo está intimamente ligado com a carência pessoal. Pensando dessa maneira, o amor pelo outro não está sendo genuíno. Ao amar o parceiro, está se amando a si próprio. Esse tipo de relacionamento provavelmente vai sucumbir ao egoísmo, pois não é um amor dirigido ao outro ser humano, mas sim ao que falta em mim que o outro deve preencher. Uma pessoa deve ser total e completa para se unir a outra. O casamento não se dá com duas metades, mas com duas pessoas inteiras”, indica.

Egos feridos

Com o tempo, a pessoa que alimentou um desejo egoísta começa a entrar em contato com a realidade e descobre que o outro não pode suprir suas carências. Ainda assim, ela tenta forçá-lo a agir do seu modo e assim os desajustes entre o casal começam a aparecer. O parceiro se sente anulado e a relação se desgasta. Isso pode gerar discussões e colaborar para a separação.

Segundo a especialista, “o comportamento egoísta, em vez de promover a parceria na relação, faz surgir no casamento a competitividade, a cobrança, o aniquilamento emocional do cônjuge e a desconsideração pelo desejo do outro. A relação pode se tornar cada vez mais caótica e levar inclusive ao divórcio se não for tratada a tempo.”

Se importar com o outro

Para o parceiro que age assim, muitas vezes sem perceber, “a melhor atitude a tomar é olhar para si mesmo, para os próprios problemas e conflitos. Essa análise vale tanto para o indivíduo egoísta quanto para o parceiro que aceita esse comportamento, se torna permissivo e deixa a situação tomar proporções crescentes. Buscar ajuda pode ser um caminho para conhecer, entender e enfrentar a situação”, orienta Daniela.

Também é necessário exercitar a parceria. Então, valorize e retribua as tentativas do parceiro de fazer o melhor por você. Os dois lados têm que ceder e ter suas vontades satisfeitas em algum momento. Para que esse equilíbrio aconteça, desenvolva a empatia, “que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. Ela é fundamental para que o casamento seja bem-sucedido. Escutar o cônjuge com atenção e sem defesas também é importante. Muitas pessoas acabam escutando o seu parceiro já pensando em justificativas ou em revidar. Em muitas situações, é mais produtivo acolher a necessidade que o outro está trazendo”, conclui a psicóloga.

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Colaborador

Por Débora Vieira / Foto: Fotolia