Empresária consegue se reerguer após falência

Adriana conta como corrigiu erros do passado para montar uma nova empresa. Confira também dicas de especialistas e ajuste os rumos do seu negócio

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Há alguns anos, a empresária Adriana dos Santos, (foto abaixo) de 41 anos, faturava R$ 500 mil por mês com sua empresa de terceirização de serviços em obras. O negócio era comandado com o marido e mais um sócio. Apesar do sucesso, Adriana conta que não havia controle das atividades realizadas.

“Eu fazia tudo em cima da hora, sem me organizar, não tinha foco. Nós tínhamos muitos funcionários e a rotatividade era grande. Alguns funcionários colocavam a empresa na Justiça. Os problemas foram se acumulando”, detalha.

Crise

A situação se agravou em 2010, quando Adriana descobriu uma traição do marido. “Ele foi embora e eu não tive cabeça para avançar nos negócios. Ele fazia a parte administrativa da empresa.” Para piorar, ela afirma que o outro sócio “passou a perna” na empresa. “Nosso sócio fez um saque de R$ 200 mil em vez de pagar os funcionários, foi onde afundou de vez.”

Após a separação e o fim do negócio, Adriana se mudou da cidade em que vivia, São Bernardo do Campo, para São José dos Campos, ambas no estado de São Paulo. Lá, ela investiu em duas lojas de roupas, mas as duas fecharam em um ano. Durante quatro anos, contou com a ajuda financeira dos pais e de amigos. “A ansiedade em ter dinheiro era tanta que eu metia os pés pelas mãos.”

Mudança

A situação mudou em 2015, quando Adriana decidiu seguir os conselhos recebidos na palestra do Congresso para o Sucesso, reunião realizada na Universal. “Eu percebi que não colocava toda a minha força no que estava fazendo, fazia tudo pela metade. Entendi que precisava recomeçar com Deus e fazer uma mudança em mim. Saí da reunião tão confiante que decidi voltar a fazerserviços de limpeza pós-obra e fui visitar meu primeiro cliente”, relembra.

Adriana procurou o engenheiro responsável por uma obra na cidade e insistiu várias vezes até marcar uma reunião. “Ele brincou dizendo que me contrataria só pela persistência.” A empresária ofereceu uma demonstração gratuita e se encarregou de fazer a limpeza de rodapés e esquadrias com a ajuda de duas amigas. Deu certo.

Sucesso planejado

Após conseguir o primeiro cliente, Adriana contratou funcionários e ofereceu treinamento. Ela também fez um planejamento detalhado e começou a cumprir metas e prazos. Hoje, ela tem contratos firmados até 2018. “Tenho 20 funcionários. Trabalho com menos pessoas do que antes, mas a produção é maior e tem mais qualidade. Procurei profissionais que sabem o que fazem. Trabalhamos com obras privadas, mansões, prédios, nunca tive reclamação”, ensina.

Adriana também descobriu a importância do planejamento. “Eu planejo tudo antes de executar, ninguém tem sucesso fazendo as coisas de qualquer jeito. Tenho a agenda programada todos os dias e consigo cumprir tudo”, finaliza.

Como fazer

A falta de planejamento é um dos principais problemas das empresas atualmente, como explica Cassius Leal, CEO da consultoria Advys. “As pessoas precisam deixar a emoção de lado. Se você não fizer o trabalho de estruturar bem o negócio, a probabilidade de dar errado é grande.”

Leal diz que muitos empresários erram ao fazer o orçamento. “Na expectativa do que pretende vender, a empresa começa a gastar e as economias vão embora. Muitas vezes, os clientes parcelam o pagamento e isso prejudica o capital de giro”, alerta, acrescentando que o negócio também precisa estar focado nas necessidades do cliente. “A empresa precisa fazer uma pesquisa de mercado para entender o que os consumidores esperam.”

O sucesso de uma empresa também depende de colaboradores engajados, como destaca Carlos Andre, diretor de operações e projeto da DP Expert, uma consultoria de serviços e terceirização de Recursos Humanos. Segundo ele, as empresas devem definir bem o perfil de seus colaboradores antes da contratação. “A má contratação leva a perda de rendimentos e prejuízos. Não adianta olhar apenas a questão salarial, é preciso ficar atento ao perfil técnico e comportamental. A alta rotatividade gera desmotivação e perda de conhecimento”, enumera.

Carlos Andre sugere que empresários planejem novas contratações. “O empresário precisa prever quando será necessário contratar para não fazer isso às pressas. Outra questão é a demissão. Ela tem um custo financeiro e organizacional grande, e não é a melhor alternativa para reduzir custos. Nesse caso, é melhor rever benefícios, horas extras e negociar com fornecedores”, finaliza.

Como salvar os negócios

Planeje- Defina para onde a empresa está indo, quais são as metas e os prazos, como e por quem o plano será executado.

Controle- faça as contas dos custos e despesas envolvidos na produção e venda do produto. Procure formas de melhorar processos e reduzir despesas.

Foque no cliente- Faça pesquisa e converse com clientes para entender quais são suas necessidades e se sua empresa atende às expectativas.

Capacite- Defina o perfil de quem você quer contratar, faça treinamentos e invista em melhorias constantes. Mantenha a equipe engajada.

Mantenha o diálogo- a comunicação transparente deve ser cultivada entre colaboradores e todas as pessoas envolvidas com a empresa.

Monitore Faça uma revisão das metas e dos resultados de forma periódica. Melhore processos e altere o que for necessário.

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Colaborador

Por Rê Campbell / Fotos: