Brasil 2015: 5 estupros a cada hora

Conheça a triste realidade brasileira e veja como o Projeto Raabe luta pela recuperação das vítimas

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A cada 11 minutos uma pessoa é estuprada no Brasil, numa média de 5 por hora. Isso significa que, somente em 2015, 45.460 pessoas foram violentadas. Esses números foram divulgados pelo 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O levantamento veio a público no último dia 3 de novembro e mostra o quão longe o País está de erradicar esse crime bárbaro.

Os dados acima, entretanto, levam em consideração apenas os crimes que foram registrados em boletins de ocorrência. De acordo com o próprio FBSP, o número real de estupros no Brasil varia entre 129,9 mil e 454,6 mil, somente em 2015. Segundo pesquisas, apenas 35% das vítimas denunciam seus agressores.

Conforme indica o anuário, as capitais estaduais, junto ao Distrito Federal, respondem por 24% dos crimes registrados. Sendo que São Paulo é a capital em que mais estupros foram cometidos: 9.265, ou 20,4% do total brasileiro.

Recuperação de vítimas

Com o grave número de crimes, principalmente contra as mulheres, é necessário que a recuperação da vítima receba tanta atenção quanto a punição do criminoso. Infelizmente, porém, o Brasil não tem conseguido cuidar de todas as mulheres como elas merecem.

Conhecendo essa realidade, a Universal atua há muitas décadas auxiliando vítimas de violência. Para intensificar esse apoio foi criado, em 2011, o Projeto Raabe. Com a ajuda de centenas de voluntárias, que trabalham diariamente, o grupo realiza ações preventivas e de suporte às mulheres vítimas de violência.

“Mulheres chegam ao Projeto Raabe desacreditadas, sem vida no dia a dia, aspecto emocional abalado, sem autonomia ou recursos pessoais e econômicos, às vezes ameaçadas, sem acreditar nas suas potencialidades; muitas ainda na esperança do arrependimento do parceiro (que é o agressor na maioria das vezes), envergonhadas diante dos familiares, sofrendo caladas e sozinhas, autoestima sem existência, desprovidas de autodeterminação, sem conhecimento dos seus direitos, com muitas dúvidas e incertezas, humilhadas e com medo para reagir”, lamenta a coordenadora nacional do Raabe, Carlinda Tinôco, no site oficial do projeto.

Conforme ela explica, quem sofre com esse tipo de crime precisa se sentir seguro para tomar qualquer decisão, inclusive denunciar o criminoso. O Raabe trabalha acolhendo e prestando orientação jurídica, psicológica e espiritual, mostrando à mulher que ela não está sozinha na luta por justiça.

“O Raabe proporciona à mulher o seu devido equilíbrio, a faz reconhecer o seu valor, com fé dá a chance de tornar-se viva para viver”, afirma Carlinda. “A força interior arranca as mentiras ouvidas e proporciona liberdade. Assim, a mulher traumatizada ou machucada pela violência sabe que existe um Deus Justo que pode lhe proteger e fazer valer a Lei dos homens.”

Toda ajuda é necessária para auxiliar essas mulheres. Se você tem vontade de ajudar as vítimas, envie e-mail para projetoraabe@godllywood.com e saiba como se tornar uma voluntária.

Caso esteja enfrentando uma situação semelhante, clique aqui e descubra o endereço do Raabe mais próximo de você.

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Colaborador

Por Andre Batista / Imagem: Thinkstock