Cuidado com a vigorexia

O transtorno causa insatisfação com o corpo, pode resultar na prática excessiva de atividades físicas e prejudicar severamente a saúde, principalmente dos homens

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É claro que você já ouviu falar na anorexia, a impressão de que o corpo está sempre mais gordo do que realmente é, o que causa subalimentação e pode até causar a morte. Acha que isso é problema só de mulher? Não. Pode acometer indivíduos de ambos os sexos, embora prevaleça mesmo nas mulheres. Mas há outro problema que também atinge homens e mulheres, mas que tem maior incidência entre o público masculino: a vigorexia, um transtorno de ansiedade que faz a pessoa enxergar seu corpo muito menor do que é de verdade.

O cara com vigorexia acha que nunca está musculoso o suficiente ao se olhar no espelho. Aí cai no exercício exagerado, no culto excessivo ao corpo e alguns chegam até mesmo a optar pelos esteroides anabolizantes – as “bombas”, intensamente prejudiciais à saúde – ou abusam de suplementos alimentares, que, usados de modo inadequado, fazem um mal danado. E não estamos falando aqui de doencinhas simples, mas de perdas de órgãos, males cardiovasculares, lesões no fígado, disfunção sexual (opa!), aumento do risco do câncer (inclusive o de próstata), etc.

Alguns vigoréxicos até têm consciência de que usam substâncias ilícitas e perigosas, mas isso não é suficiente para impedir seu impulso de perseguir uma “musculatura perfeita”. Outros recorrem até a cirurgias plásticas para que pareçam mais malhadões – é, sem suor e dedicação na academia, na “molezinha”. Fácil, não?
O nome científico da vigorexia é Transtorno Dismórfico Muscular (TDM), um senhor descontrole da percepção da autoimagem. Os especialistas apontam um problema social entre as causas: a competição nociva entre alguns caras para ver quem fica mais “marombado”. Essa disputa nada saudável, tampouco inteligente, gera ainda mais insatisfação com o próprio corpo. O que começou como simples vaidade pode acabar em transtornos mentais e sérios problemas físicos.

Não caia nessa! Praticar exercícios físicos é algo que deve contribuir para sua qualidade de vida e não ser motivo de doenças ou de morte por causa de… burrice. Ficou chocado com essa palavra? Paciência. Essa aqui é uma coluna escrita por homens para homens, não para garotinhos sensíveis demais. Sempre com educação e boas maneiras, mas sem frescura.

Voltando ao assunto, os exercícios devem ser feitos sob supervisão de um profissional de educação física e adequados ao seu tipo de corpo e às suas condições de saúde – é sempre bom passar no médico antes e perguntar – e não porque você fica se comparando a certos fulanos ou sicranos que você conhece ou a corpos que a mídia esfrega toda hora na sua cara, criando “padrões” irreais. Nessa de concorrência sem noção é que muitos forçam a barra e desrespeitam os limites do bom senso e do próprio organismo. Em coisa boa é que não vai dar.

Sim, amigo, a vigorexia é um senhor problema, uma doença mesmo. Por isso, é preciso que o homem reconheça que está doente e procure não só a orientação médica como também a proximidade com os entes queridos (muitíssimo importante) e o apoio espiritual – porque dentro de qualquer corpo, sarado ou não, há um espírito sem o qual ele não vale nada.

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Do jeito certo

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Colaborador

Por Marcelo Rangel / Foto: Fotolia