Você sabia que a solidão pode levar uma pessoa a desenvolver ansiedade ou depressão?

Isso é o que revela um estudo da Universidade de Tecnologia de Swinburne, da Austrália. Durante 6 meses, essa pesquisa avaliou a saúde mental de 1.010 pessoas com idade entre 18 e 87 anos. Os voluntários respondiam um questionário na internet.

Por meio desse levantamento de dados, a pesquisadora da instituição, Michelle Lim, observou que não é possível “medir” a quantidade de solidão de uma pessoa por meio do tempo em que ela permanece solitária, por exemplo. Essa percepção, na verdade, é realizada por meio da qualidade dos relacionamentos que uma pessoa tem. Ela pode estar rodeada de conhecidos, porém se aqueles relacionamentos não possuem um significado para ela, então, ela se sente sozinha.

A pessoa solitária não consegue sentir que é bem quista, valorizada ou compreendida pelos outros. Segundo Michelle, a consequência disso é o surgimento de depressão, paranoia, ansiedade social, entre outros males psicológicos e emocionais.

O que fazer para combater a solidão?

Em seu blog pessoal, o escritor e palestrante Renato Cardoso compara a solidão amorosa com os tempos de escola, quando eram separados os jogadores das equipes de esporte.

Um a um, os líderes de cada time selecionavam os que fariam parte da equipe. Geralmente, os melhores jogadores eram escolhidos primeiro.

Aqueles que ficavam de fora, com o tempo, desanimavam e passavam a não comparecer aos jogos, por causa da rejeição.

Da mesma maneira, acontece nas demais áreas da vida: nada é entregue em uma bandeja de ouro. Na vida, nada é fácil. Em tudo é necessário que a pessoa empenhe esforço para conseguir. “Você tem que correr atrás, fazer por onde, ter méritos”, enfatiza Cardoso.

Faz parte da natureza humana desejar receber valorização na família, no emprego e em todos os âmbitos sociais. Ninguém quer ser rejeitado. Entretanto, quando a pessoa se excluiu das interações sociais, fica impossível de ela desenvolver relacionamentos saudáveis com outras pessoas, inclusive na área amorosa.

Sobre isso, Cardozo orienta: “Você pode deixar de aparecer em campo, não mais competir, não mais tentar porque cansou de ser ignorado. Ou você pode se escolher, melhorar o seu jogo, incluir-se e aprender com os que estão jogando melhor que você. Infelizmente, muitos solteiros optaram pela primeira escolha.”

O reconhecimento de que é preciso “mudar a rotina” é o primeiro passo para quem deseja sair da solidão.

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