Janelas trancadas, vidas roubadas

Norte-americano é acusado de manter 12 meninas em cárcere privado no Estado da Pensilvânia

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Um caso de abuso sexual e pedofilia intrigou a polícia do pequeno vilarejo de Feasterville, localizado noEstado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. O norte-americano Lee Kaplan, de 51 anos, vivia com 12 meninas com idades entre 6 meses e 18 anos. Ele foi acusado de estupro, corrupção de menores e atentado violento ao pudor.

As meninas viviam trancadas em casa, cujas janelas eram mantidas sempre fechadas. A grama em frente à residência nunca era podada e cobria toda a parte frontal da casa. Todos esses indícios chamaram atenção dos moradores do local e umas das vizinhas resolveu denunciar Kaplan.

Após a denúncia, a polícia invadiu a casa onde encontrou as crianças assustadas. No sótão, foi encontrado material escolar, o que sugere que elas estudavam no mesmo local onde moravam.

A menina mais velha alegou que nove das garotas eram filhas dela com Kaplan. Em seguida, ela se contradisse ao afirmar que tem apenas um filho de 3 anos com o acusado e que a bebê de 6 meses é filha de Kaplan com outra garota.

Evidências

A apenas 100 quilômetros da casa do acusado mora o casal Daniel e Savilla Stolzfus. Eles são os pais da menina mais velha, que foi entregue a Kaplan aos 14 anos, em troca de dinheiro.

Para complicar ainda mais a situação, os Stolzfus alegaram ser os pais de todas as crianças, exceto dos dois mais novos, que são seus netos. Para o casal, “doar” os filhos era uma forma de agradecer Kaplan pela ajuda que ele prestava à família. Daniel e Savilla são acusados de conspiração criminal e violência sexual.

Maldade

Casos como esses parecem fora da nossa realidade. Algo como um filme de terror, em que a casa mal-
assombrada fica no final da rua e que sempre há motivos para duvidar do que possa estar acontecendo por lá. Mas esse episódio não tem nada de ficção.

É difícil compreender como os próprios pais podem “vender” as filhas para um desconhecido e, ainda por cima, aceitar que elas sejam mantidas em cárcere privado.

Eles são tão culpados e criminosos quanto o acusado. Esperamos dos pais amor, carinho e, principalmente, proteção. Infelizmente, não foi o que os Stolzfus ofereceram às suas filhas.

Observamos cada vez mais que o mundo tem tomado uma direção em que o amor e a compaixão pelo próximo são atitudes riscadas do cotidiano. Resta-nos acreditar que as punições devidas serão aplicadas. E, por fim, torcer para que essas garotas consigam superar todo o trauma que sofreram e restabelecer suas vidas daqui para a frente.

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Colaborador

Por Maiara Maximo / Foto: Departamento de Policia da Pensilvânia