Síndrome de Down: conhecimento é o caminho para a inclusão

Saiba como os cuidados promovidos desde a infância estão ligados à autonomia e à saúde daqueles que nasceram com esta condição genética

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Apesar de ter sido descrita pela primeira vez no século 19, ainda existem muitos mitos, dúvidas e preconceito em torno da síndrome de Down. A condição, que afeta cerca de 300 mil brasileiros, não é uma doença, mas uma alteração genética que pode favorecer o surgimento de enfermidades, como as ligadas ao coração, aos olhos e à tireoide. Essa predisposição, no entanto, não é considerada homogênea e pode variar de acordo com cada indivíduo.

O cuidado com as crianças que nasceram com a condição deve ter início assim que elas vêm ao mundo, para incentivar, principalmente, os movimentos e o intelecto, já que elas têm seu próprio tempo de desenvolvimento. Para ampliar essa conscientização, o dia 21 de março é considerado o Dia Mundial da Síndrome de Down. O conhecimento sobre o tema é de extrema importância para as famílias e para a sociedade como um todo, afinal, muitos ainda a veem como algo incapacitante, o que não é verdade.

“Precisamos de uma sociedade inclusiva, aberta e preparada para receber as pessoas com síndrome de Down. Percebemos que há alguma resistência a isso e há falta de conhecimento para lidar com essa condição. Por isso, precisamos quebrar essa barreira, pois muitos têm condições de estudar, aprender, trabalhar e desempenhar uma série de funções”, relata Susan Ribeiro, psicóloga da Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (Abads).

A instituição, fundada em 1952, assumiu o papel de auxiliar pais e mães no cuidado com seus filhos com deficiência intelectual e transtorno do espectro autista (TEA).

Atualmente, mais de mil famílias são atendidas gratuitamente e recebem o apoio não apenas em relação a tratamentos de saúde, mas também com uma série de atividades que visam “independência, autonomia, inclusão social e no trabalho”, o que muda a história de centenas de pessoas.

“O indivíduo com síndrome de Down tem condição de ser ativo dentro da sociedade. O que precisamos é que a sociedade esteja pronta para recebê-lo com algumas adaptações, entendendo que suas dificuldades não são sinônimo de incapacidade”, conclui Susan. Tendo em vista que a informação é a principal forma de minar o preconceito e incentivar a inclusão, acompanhe, no infográfico ao lado, mais dados sobre a síndrome de Down.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Arte: Edi Edson