Um casamento infeliz pode levar à morte precoce tanto quanto o fumo ou o sedentarismo, segundo um estudo realizado pela Universidade de Tel-Aviv, em Israel, que analisou o histórico médico e a vida social e matrimonial de 10 mil homens durante 32 anos.

É do conhecimento geral que problemas emocionais podem resultar em sintomas físicos, o que, nos jargões médico e psicanalítico, é chamado de somatização. A infelicidade matrimonial, segundo a pesquisa israelense, aumenta o risco de morte porque ocasiona males como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, especialmente entre indivíduos mais jovens. Quanto pior o casamento, mais riscos ele causa do que em uma união estável e feliz. É como comparar fumantes e não fumantes, sedentários e quem pratica exercícios regularmente.

Mas quem está livre de problemas no casamento?, perguntarão alguns – ou muitos. Claro, eles podem acontecer com qualquer casal, mas a forma de resolvê-los é que faz a diferença. Apesar de essa não ser a editoria Vida a Dois, vejamos o lado masculino da questão, pois o assunto aqui é ser um homem inteligente até em família.

Segundo o livro Casamento Blindado, de Renato e Cristiane Cardoso, o homem tende a procrastinar na resolução de questões difíceis no casamento: “geralmente, quando surgem problemas, ambos se afastam, evitando resolver os conflitos. Acham que o adiamento da discussão supostamente resolverá alguma coisa. Normalmente, os homens são mais culpados disso, dependendo do tipo de problema a ser resolvido. A mulher costuma ser a pessoa que aponta o problema, que levanta o assunto na esperança de que o marido participe da solução”.

Não importa se o sujeito evita falar do problema com boas intenções (não gerar brigas) ou más (fugir mesmo). Como cabeça do casamento, o marido deve ter a iniciativa de esclarecer problemas e buscar soluções. Procrastinar algo tão importante não é um hábito que um homem de verdade deva ter.

Além do problema, o livro aponta a solução: “na primeira oportunidade vocês devem se reunir e iniciar a comunicação para expor o problema. Já que terá que ser resolvido cedo ou tarde, melhor cedo, porque tarde poderá ter aumentado. Então aja rápido. (…) A melhor hora para resolver um problema, salvo raras exceções, sempre é imediatamente”.

Importante
As Sagradas Escrituras mostraram a relação entre casamento e saúde muito antes dos cientistas de Tel- Aviv fazê-lo: “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é como podridão nos seus ossos”. (Provérbios 12.4). Daí a urgência de buscar um modo de manter uma união feliz.

Um homem inteligente cuida, primeiro, de sua relação com Deus. Em seguida, ele cuida de si mesmo e de sua família. Afinal, não vale nada ser bem-sucedido profissionalmente ou socialmente se o lar é desestruturado.

“Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do Senhor”, está descrito em Provérbios 18.22. Entre as bênçãos de Deus está a boa saúde, como muitos sabem. Melhor, então, cuidar dela já em uma de suas principais raízes.