Homem ao volante, perigo constante?

Quando não usa o bom senso e a inteligência, ele coloca a própria vida e a de terceiros em risco

Os homens causam três vezes mais colisões de automóveis e motos do que as mulheres, mostra uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Antigamente havia menos mulheres dirigindo, o que poderia ser um atenuante nos números relativos a elas, mas, atualmente, essa alegação não pode mais ser usada, pois os dois gêneros têm quase o mesmo número de condutores de veículos.

A velha piada sem graça “mulher ao volante, perigo constante” não faz sentido, apesar de muita gente (de ambos os sexos) ainda achar que faz e usá-la sempre. Bom senso não pertence a esse ou àquele gênero, mas é uma questão de escolha pessoal.

E é assim que está havendo pouco bom senso ao volante e ao guidão pelo Brasil afora. A vontade de correr, de não dar setas ao mudar de faixa, de ultrapassar semáforos fechados e de desrespeitar qualquer sinalização coloca vidas em risco e, quando menos, causa prejuízos financeiros (afinal, mesmo quando a seguradora cobre “de graça” um conserto, ela aumenta o preço do seguro na renovação do contrato, por exemplo).

O número excessivo de veículos oferece menos perigo do que como eles são dirigidos. O trânsito, em si, só é perigoso quando as lamentáveis práticas acima são adotadas – e o são, infelizmente, mais do que as boas. Vidas se perdem ou são mudadas pelas limitações que um acidente pode causar (perda de membros, paralisia por lesões na coluna, sequelas de traumatismo craniano, só para citar algumas).

E a galera da bike não está de fora nessa. É claro que os acidentes não são exclusividade masculina, mas, ao mesmo tempo que a bicicleta é apresentada levianamente como solução para que o trânsito não fique congestionado e como salvadora ecológica da pátria, o que mais vemos todos os dias são pessoas pedalando pelas calçadas, tirando “finas” dos transeuntes nesse crescente desrespeito de Fim dos Tempos, andando na contramão, estacionando a “magrela” na porta dos outros ou desrespeitando a presença das tão pedidas ciclovias e ciclofaixas, teimando em ziguezaguear entre veículos automotores como se o mundo tivesse que sair da frente de sua majestade (esse tipo de ciclista).

Bem, o trânsito é um ambiente hostil. Atualmente, ele mata mais pessoas do que as que participam em guerras, como mostram todo ano pesquisas como a citada anteriormente da Unicamp. Como, então, deixar de ser uma ameaça e administrar a masculinidade para não que não seja tóxica também nesse ambiente?

Uma das melhores formas de fazer isso é ser inteligente na fé, submetendo-se ao Senhorio Divino advindo com a Presença do Espírito Santo. Um homem que O tem em seu interior é equilibrado e, como consequência disso, sabe que, se correr nas ruas, por exemplo, confiando demais no próprio braço e desconsiderando que um veículo pode apresentar defeitos na hora H, pode pagar com a vida (sua e de outros, vale repetir). O mesmo vale para todas as outras regras de trânsito.

É importante lembrar que o homem é o único ser vivente neste planeta que tem a capacidade de avaliar seu comportamento e agir pensando nas consequências dele. Portanto desperdiçar essa bênção é escolher agir como a menos inteligente das criaturas. Reflita sobre isso.

imagem do author
Colaborador

Redação / Foto: Getty Images