Empresa aérea muda política após críticas à atitude de aeromoça

Em outubro, a médica negra Tamika Cross acusou a Delta Airlines de discriminação durante emergência em voo

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Nos Estados Unidos, uma médica negra acusou a companhia aérea Delta Airlines de “flagrante discriminação” após uma aeromoça recusar sua ajuda durante uma emergência. O fato ocorreu em outubro de 2016, durante um voo de Detroit para Minneapolis.

A ginecologista e obstetra Tamika Cross (foto abaixo) contou o caso no Facebook. “Tenho certeza de que muitos dos meus colegas de trabalho e mulheres trabalhadoras de cor entenderão a minha frustração quando digo que estou cansada de ser desrespeitada”, escreveu.

Ela explicou que um homem se sentiu mal no avião e a aeromoça perguntou se havia algum médico a bordo. Tamika ofereceu ajuda e levantou a mão para chamar a atenção dos funcionários do voo, mas recebeu a seguinte resposta da aeromoça: “Não, querida, abaixe a mão, estamos procurando médicos de verdade ou enfermeiros ou algum tipo de pessoal médico, não temos tempo para falar com você.”

Tamika informou que era médica, mas continuou sendo ignorada. Depois, ela foi questionada se era médica de verdade e se poderia mostrar suas credenciais. Ela deu todas as explicações, mas, naquele momento, um homem branco se aproximou dizendo que era médico. A aeromoça, então, permitiu que ele ajudasse. Segundo a médica, a funcionária da companhia se desculpou depois que a situação foi resolvida e ofereceu milhas de viagem a ela, que recusou a oferta.

Mudança

O questionamento de Tamika no Facebook teve 156 mil curtidas e mais de 48 mil compartilhamentos. A postagem também levou a Delta Airlines a fazer uma revisão de suas políticas e do treinamento da equipe do serviço de voo.

Desde dezembro, os comissários de bordo não precisam mais verificar as credenciais médicas, conforme informe divulgado pela companhia. “Fico feliz que esta situação lamentável trouxe mudança a uma grande empresa como a Delta Airlines”, comemorou a médica, em nova postagem.

O caso mostra que é importante estar atento para respeitar o próximo e não cometer injustiças. Não é possível afirmar que a aeromoça quis discriminar a médica, mas sua atitude foi incorreta. O saldo positivo é que a empresa envolvida no episódio mudou sua política para evitar que o mesmo erro se repita.

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Colaborador

Por Rê Campbell / Fotos: Reprodução