Diferença de idade pesa no relacionamento?

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Na Escola do Amor Responde desta edição, a aluna pede ajuda porque não consegue esquecer um rapaz com quem se relacionou e que é oito anos mais novo do que ela. Os professores Renato e Cristiane Cardoso a orientam sobre o que ela deve considerar para poder ser feliz.

ALUNA – Morei com uma pessoa por dois anos. Tenho 32 anos e ele 24 anos. Nunca tinha me relacionado a sério a ponto de morar com um homem mais novo. Essa relação me despertou ciúme pelo fato dele conhecer várias mulheres e ser simpático. Por conta disso, nos separamos. Ele começou a sair com várias mulheres e morou com uma delas. Eu acabei conhecendo outro rapaz que é da minha idade. Ele é mais maduro, só que não consigo sentir por ele o que sinto pelo meu ex, apesar dele gostar de mim e me tratar bem. O que faço?

RENATO – Eu sou qualificado para falar disso porque estive em um relacionamento parecido, com a mesma diferença de idade, durante quatro anos. O homem mais novo é mais inseguro do que a mulher, mas, quando ela atinge uma idade mais avançada, sua insegurança aumenta porque ela vai se sentir concorrendo de forma desigual com as mais mulheres novas. O agravante, no seu caso, é que ele é simpático e se relaciona com várias mulheres.

CRISTIANE – Além da mulher começar a ter atitudes de insegurança, brigar e ver coisas que nem aconteceram de fato, ela se sente insegura porque de fato é mesmo mais velha. Então, ela tenta compensar essa diferença. Muitas dizem que o amor não tem idade, mas, por causa dessa afirmação, injustiças são cometidas. Para parecer mais jovem, ela começa a se preocupar em colocar botox e se vestir de um modo que não combina com a idade dela. Essa é mais uma injustiça com as mulheres, porque o homem já costuma parecer mais novo do que elas mesmo que tenham a mesma idade.

RENATO – Mesmo que você tenha 60 anos e sua cabeça seja de 30, quando se olhar no espelho vai ver alguém de 60 anos e de não de 30. O mesmo acontece com o seu cônjuge: ele vai olhar para você e não a verá com 30 anos, mas com 60. É uma realidade que não se pode negar e isso afeta o relacionamento. Você pode até considerar que o mais importante é o amor, mas por que, então, está com ciúme?

CRISTIANE – Você precisa se curar. Não pode continuar no relacionamento em que está porque vai estragá-lo. Seu atual namorado está fazendo de tudo para agradá-la e conquistar o seu amor, mas você está fechada para esse amor porque está presa ao passado. Existe muita coisa dentro de você que precisa ser tratada e esse relacionamento não vai ajudá-la. Ao contrário, vai fazê-la se sentir ainda mais culpada. Pode ser até que você esteja se sentindo mal quando seu namorado lhe agrada.

RENATO – Seu ex que é oito anos mais novo do que você está morando com outra, o que mostra que ele é um garotão e que não quer compromisso. Mesmo assim, você sente algo por ele parecido com o que sente o diabético que deseja um doce. O diabético pode gostar muito de doce, mas se comê-lo pode morrer. É o que está acontecendo com você. Esse relacionamento já estava lhe fazendo mal porque você estava com ciúme e insegura. Isso mostra que, mesmo antes do relacionamento de vocês começar, você já era diabética. Você explodiu, surtou e agora continua sentindo falta dele, como o diabético sente do açúcar. Quanto ao seu atual namorado, você tem que tomar uma decisão. Seja honesta com ele e diga-lhe que não está sendo justa. Fale que não gosta dele como ele gosta de você e que não acha certo que ele alimente alguma esperança. Conte a ele que vai precisar se curar interiormente. Afirmo que, depois de se curar, você poderá encontrar um amor de verdade.

CRISTIANE – Procure essa cura porque ela existe, mas ela não está no shopping, na academia ou em viagens. Ela está disponível nas palestras da Terapia do Amor na Universal mais próxima de você. Lá, pessoas que passaram por traumas, estão machucadas, vivem com pensamentos do passado e sofrendo estão sendo curadas. Toda quinta-feira você pode fazer o tratamento da cura interior e assim poderá ser feliz e fazer a pessoa que encontrar feliz também (confira endereços na página 32 ou acesse universal.org.br/localizar).

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Colaborador

Kaline Tascin / Foto: Getty Images